Imagem mariana mutilada no Iraque pelo Estado Islâmico peregrina pela Itália

Uma imagem da Virgem Maria profanada por terroristas do Estado Islâmico no Iraque está na Itália em uma peregrinação promovida pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em benefício do projeto de reconstrução de uma creche na cidade de Batnaya.

A imagem mariana, com danos no rosto e nas mãos, veio de Batnaya, na planície de Nínive, no norte do Iraque. Os terroristas do Estado Islâmico ocuparam a cidade de agosto de 2015 a novembro de 2016.

No período em que ocuparam a planície de Nínive, os terroristas destruíram cerca de 300 mosteiros, cemitérios e igrejas. Entre elas, a igreja de Batnaya, onde é venerada a imagem profanada.

A imagem percorre um itinerário na Itália desde junho. Durante junho e julho, esteve em várias paróquias da arquidiocese de Milão e da diocese de Novara. Em agosto, percorre as dioceses de Cesena-Sarsina e de Ímola.

A imagem está na paróquia de santo Antônio de Pádua, em Gatteo a Mare, onde ficará até o dia 27 de agosto. Depois, sua peregrinação continuará até o tempo do advento.

Segundo o diretor de Ajuda à Igreja que Sofre na Itália, Alessandro Monteduro, “trata-se de um itinerário espiritual que prosseguirá pelas comunidades italianas ao longo dos próximos meses”. Seu objetivo é “consolidar o vínculo entre a comunidade católica italiana e a iraquiana, fazendo memória desta horrível página da história, para não seja esquecida, e para difundir uma mensagem de perdão e de reconciliação”.

“Estátuas marianas horrivelmente mutiladas, ícones de Cristo destruídos, imagens sagradas usadas como alvos de tiro, tumbas profanadas, igrejas, santuários, mosteiros, casas, lojas destruídas com chumbo e fogo, além, obviamente, dos irmãos assassinados ou feridos: este é o balanço de morte e ódio do que os jihadistas deixaram na planície de Nínive. A pacífica comunidade cristã local foi brutalmente destruída”.

A creche que será beneficiada com o projeto da Ajuda à Igreja que Sofre na Itália tem como responsáveis as religiosas de santa Catarina de Siena. Foi construído em 2010 e, antes da chegada dos extremistas islâmicos, tinha 124 crianças.

O projeto de reconstrução inclui a estrutura de 450 metros quadrados, de dois andares, para crianças em idade escolar, onde elas receberão uma formação cristã. O projeto foi elaborado para favorecer o retorno dos cristãos que fugiram em 2014 após a ocupação dos terroristas do Estado Islâmico.(ACI)

Para colaborar com este projeto de Ajuda à Igreja que Sofre, acesse AQUI.

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