Seminário São João Maria Vianney: há 208 anos formando sacerdotes segundo o coração de Deus

Há 208 anos, o coração da Arquidiocese de São Salvador da Bahia pulsa mais forte. Foi exatamente em 16 de agosto de 1815 que a Sé Primacial do Brasil impulsionou os primeiros passos do Seminário, hoje dedicado a São João Maria Vianney. “O nosso Seminário tem uma história muito longa e uma contribuição não só para a formação da Igreja local, mas ajudou também na formação de padres de outras dioceses do Brasil, inclusive que se tornaram bispos. O Seminário teve alguns nomes, como São Dâmaso e Santa Teresa, e hoje é o Seminário Central São João Maria Vianney, o Seminário Central da Bahia”, afirma o atual reitor, cônego Alberto Montealegre.

Este Seminário, onde foram formados vários padres, segue sendo importante para a Igreja no Brasil. “Para se ter uma ideia, até no campo de pesquisa histórica nós somos procurados. Recentemente recebemos o contato de um leigo de Campo Mourão, no Paraná, que está pesquisando sobre alguém que passou pelo Seminário, foi nosso seminarista, e depois foi o primeiro bispo daquela diocese, Dom Eliseu. Cito esse fato apenas para mostrar a importância do nosso Seminário na formação dos clérigos da Igreja no Brasil”, diz o cônego Alberto.

Imensa é a lista com os nomes dos jovens que ingressaram no Seminário da Arquidiocese Primaz, fizeram o processo de discernimento vocacional e receberam a Ordenação Presbiteral. Durante um longo tempo, esta Casa de Formação dos futuros sacerdotes recebeu jovens de outras cidades e até mesmo de outros estados brasileiros. Atualmente, residem no local seminaristas da Arquidiocese de Salvador e das dioceses de Camaçari e de Ilhéus, ambas na Bahia. “Essa caminhada é, primeiro, de reconhecimento: nós reconhecemos e agradecemos tudo aquilo que o Seminário ofereceu e oferece ao longo destes mais de dois séculos, bem como pelos formadores que ali passaram; mas, também, é uma caminhada de novas perspectivas na formação”, assevera o reitor.

“A nossa perspectiva hoje é, justamente, tentar formar padres para este novo milênio, para esta nova época. Padres que tenham no coração o desejo de contribuir com a formação de uma Igreja sinodal, de uma Igreja onde todos caminhem juntos, onde o sacerdote é convidado a motivar e a animar, como pastor, os batizados, assumindo a missão dentro da comunidade paroquial, mas também dentro da Igreja de Cristo. Queremos formar padres que sejam capazes do diálogo, que sejam sinais de comunhão e de unidade nas comunidades, mas também padres mistagógicos que possam conduzir o povo à experiência do Mistério”, afirma o cônego Alberto.

Fotos: arquivo do Seminário São João Maria Vianney

Informações: Arquidiocese de Salvador(BA)

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