A comunidade católica da Diocese de Itabuna, no Sul da Bahia, está mobilizada desde cedo, na manhã desta terça-feira, 4 de julho, no acolhimento da urna funerária com os restos mortais do bispo emérito Dom Ceslau Stanula que serão sepultados em definitivo na Capela Lateral da Catedral Diocesana de São José em Itabuna (BA).
Vários fieis e padres da diocese itabunense acompanharam com louvores e orações, o cortejo pelas ruas da cidade com o apoio do Corpo de Bombeiros.
Após o cortejo, os restos mortais foram levados para a Catedral de São José, onde o bispo atuou por 20 anos. O translado do corpo foi feito pelo Padre Roque Silva Alves que é membro da Ordem Redentorista da Bahia, a qual Dom Ceslau também fazia parte. Ele concedeu uma entrevista especial para a TV Santa Cruz, que registrou todo o trajeto do translado, e na oportunidade, explicou o motivo do corpo ter sido levado para Itabuna, depois de 3 anos da morte do bispo: “A tradição da Igreja é que os bispos diocesanos sejam sepultados na própria diocese, na catedral diocesana. Dom Ceslau foi bispo diocesano aqui de Itabuna por mais de vinte anos. Ele foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade em Salvador, por conta da pandemia, pois ele estava residindo lá. Então o clero daqui juntamente com o bispo aceitaram a ideia de que ele viesse para cá. Por isso, hoje, os restos mortais serão sepultados aqui na Catedral”.
Monsenhor Moisés também acompanhou o translado nesta manhã. O religioso foi pároco da Catedral por 13 anos, na época em que Dom Ceslau era bispo da Diocese de Itabuna. Ele também falou sobre o enterro dos restos mortais do bispo na cidade itabunense: “Foram 13 anos de muita graça, de muita benção porque ele respeitava a minha opinião, aquilo que eu propunha que nós pudéssemos realizar, ele estava aberto, então eu posso dizer assim que nós não tivemos uma convivência, um relacionamento de bispo e padre, mas de pai e filho, de filho e pai. Dom Ceslau era muito compreensivo, muito compassivo, muito solidário, muito esforçado para que a palavra de Deus pudesse atingir a todos os corações nessa nossa diocese. Eu hoje me sinto um agraciado por Deus em ter gozado desta amizade dele, desse carinho, desse pastoreio ao longo desses treze anos.”
A urna funerária está disponível à visitação pública na Catedral de São José até às 16h. Em seguida, acontecerá a Solene Concelebração Eucarística das Exéquias de Dom Ceslau, presidida pelo atual bispo diocesano Dom Carlos Alberto dos Santos e concelebrada por bispos e dezenas de padres do clero itabunense. A missa contará com a participação do prefeito de Itabuna, Augusto Castro, e autoridades locais. Após a celebração, os restos mortais do bispo Stanula serão sepultados na Capela Lateral, à esquerda da nave central da Catedral de São José.
Residindo em Salvador desde o ano de 2017, após deixar o governo pastoral da Diocese de Itabuna, Dom Ceslau faleceu três anos depois, no dia 14 de maio de 2020, em consequência de complicações causadas pelo vírus da Chikungunya, sendo sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana.
Segundo explicou o bispo Dom Carlos Alberto, em consenso com superiores da Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas) da Bahia, da qual o bispo era confrade, foi decidido que tais relíquias seriam entregues à Diocese de Itabuna para serem sepultadas em definitivo na Catedral de São José, onde Ceslau Stanula foi titular como o 4º bispo diocesano por 20 anos (1997-2017).
Fotos: Captura de vídeo/Santuário de Bom Jesus da Lapa(BA)
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