Três famílias cristãs conseguiram fugir: 14 pessoas, 8 mulheres e 6 homens. Os menores são sete (todos com um desenho feito especialmente para o Papa). O mais novo, Eliyas, tem apenas um ano e foi internado com urgência ao chegar à Itália, por causa de uma infecção grave. Agora ele está bem.
A história que as três famílias apresentaram ao Papa impressiona pela crueza e tem implicações dolorosas. O fato de serem cristãos provocou uma denúncia contra eles assim que os Talibãs entraram em Cabul. “O meu marido foi demitido e depois preso, e não tivemos mais notícias dele”, disse Pary Gul, 57 anos, cujo sobrenome é Hasan Zada. “Ficamos quatro dias e quatro noites trancados no porão por medo de sermos presos, provavelmente alguém nos denunciou porque éramos cristãos”, disseram eles.
Gholam Abbas e sua esposa Fátima, ambos de 32 anos, também conseguiram deixar Cabul com seus filhos Safa Marwah (9 anos) e Muhammad Yousouf (4 anos). Também com eles estavam Zamin Ali (35 anos) e Seema Gul (34 anos) com seus filhos Maryam (11 anos), Ali Reza (8 anos) e o pequeno Eliyas.
“Irmãos afegãos” é o slogan da campanha humanitária que a fundação Meet Human escolheu realizar no Afeganistão com a colaboração de instituições civis e militares italianas. Uma fraternidade que imediatamente se concretiza no apoio dado às três famílias para construir relacionamentos, encontrar trabalho e obter uma educação. Enfim, para voltar a viver, conservando “o anel do Papa”.
Giampaolo Mattei – L’Osservatore Romano e Vatican News
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