Fieis em Itabuna, se despedem da imagem de Irmã Dulce!

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A imagem de Irmã Dulce, o “Anjo bom da Bahia”, se despediu dos itabunenses na noite deste domingo, 23 de junho, às 19h, com uma santa missa presidida pelo bispo da Diocese de Itabuna, Dom Carlos Alberto dos Santos e  concelebrada pelos frades capuchinhos da Paróquia Santa Rita de Cássia na cidade e diocese de Itabuna, no sul da Bahia.
Na eventualidade, o Pe. Frei José Genilton agradeceu aos paroquianos, visitantes, pastorais, grupos, movimentos e comunidades, por terem visitado e venerado a imagem de Irmã  Dulce desde o dia 16 deste mês.

 A imagem de Irmã Dulce foi entregue nesta segunda-feira, (24), aos frades capuchinhos no santuário de Irmã Dulce em Salvador (BA).
Na homilia, Dom Carlos falou sobre a vida da religiosa, conhecida como Irmã Dulce dos pobres.
Vale ressaltar que Irmã Dulce será declarada santa após o reconhecimento oficial da Igreja Católica de um segundo milagre intercedido pela baiana, que morreu em 1992 aos 77 anos. Nascida em Salvador, ela foi beatificada em 2011. Em breve, será proclamada santa pela Igreja Católica no Vaticano em Roma na Itália.
Irmã Dulce será a segunda brasileira canonizada pelo Vaticano – e a primeira nascida em território nacional brasileiro. Nascida e batizada por Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, Irmã Dulce já tinha sido declarada beata pelo papa Bento XVI em 2011 após a Igreja reconhecer um milagre que teria sido intermediado por ela em Sergipe. A religiosa Irmã Dulce é reconhecida por suas obras de caridades e de assistência aos pobres e  necessitados, por isso, é conhecida como “o anjo bom da Bahia”.
Aos 19 anos, Maria Rita se tornou freira, assumindo o nome irmã Dulce em homenagem à mãe, Dulce, que havia perdido aos 7 anos de idade. Seu pai, Augusto Lopes Pontes, era dentista e professor universitário em Salvador.
Irmã Dulce começou a acolher pessoas necessitadas em sua casa aos 13 anos, antes mesmo de se tornar freira. Sua casa, no bairro de Nazaré, se transformou num centro de atendimento para doentes e pessoas em situação de rua – e ficou conhecida como “A Portaria de São Francisco”.
Segundo a Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), ONG criada pela freira em 1959, irmã Dulce se formou professora em 1933, mesmo ano em que entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe.
Após assumir o hábito, ela recebeu a tarefa de dar aulas em um colégio religioso em Salvador, para onde voltou. Mas seu interesse estava mesmo em trabalhar com os pobres, segundo a OSID.
Em 1935, ela começou a dar assistência à comunidade de Alagados, onde havia casas pobres de palafitas, e atender aos operários do bairro de Itapagipe, na capital baiana. Em 1937, ela fundou o Círculo Operário da Bahia, junto com o frei Hildebrando Kruthaup, e, alguns anos depois, inaugurou uma escola pública voltada para operários e seus filhos.
Um de seus momentos mais lembrados é quando ela usou o galinheiro do convento em que vivia, o Convento Santo Antônio, para abrigar 70 doentes. Antes disso, ela chegou a invadir imóveis desocupados para abrigar os doentes, mas como foi expulsa, acabou levando-os para o convento.
Anos depois, o local acabou sendo transformando em um hospital.Irmã Dulce também atendia presos em prisões conhecidas por suas condições desumanas e criou um serviço de alimentação barato nos anos 1950.
Nas décadas seguintes, trabalhou para promover a implantação de um centro educacional, um albergue, um pavilhão para deficientes no hospital, entre outros projetos.
Conhecida por seu trabalho de caridade, foi apresentada ao papa João Paulo 2º na sua visita ao Brasil em 1980.
Irmã Dulce passou boa parte de seus últimos anos internada com problemas respiratórios, e recebeu uma segunda visita do papa alguns meses antes de morrer, em março de 1992. A OSID, que criou na década de 1950, é hoje um grande complexo de saúde com atendimento gratuito e recebe cerca de 3,5 milhões de pacientes por ano pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

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