Dia do Migrante: pecado é renunciar ao encontro com o outro, afirma o Papa

No Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, Francisco presidiu à santa missa com milhares de estrangeiros na Basílica Vaticana. Em sua homilia, encorajou os fiéis a superarem o medo e o receio e a se abrirem ao encontro do outro.

Migrantes e refugiados de 49 países participaram da missa celebrada na manhã de domingo (14/01) pelo Papa Francisco na Basílica Vaticana, no Dia Mundial dedicado a eles.

Entre os nove mil fiéis presentes, de vários ritos, havia indianos, ucranianos, cabo-verdianos, filipinos, sírios, congoleses, mexicanos, brasileiros, entre outros. A celebração foi animada pelo coral “Hope” de Turim, que nesta ocasião foi integrado por vários migrantes.

Na homilia, o Pontífice citou o Evangelho do dia, em que  os dois discípulos de João perguntam a Jesus: “Onde moras?”, deixando a entender que da resposta a esta pergunta depende o seu juízo acerca do mestre de Nazaré. A resposta de Jesus: “Vinde ver!” abre a um encontro pessoal, que inclui um tempo adequado para acolher, conhecer e reconhecer o outro.

“O seu convite ‘Vinde ver!’ é hoje dirigido a todos nós, comunidades locais e recém-chegados. É um convite a superar os nossos medos para poder ir ao encontro do outro, para o acolher, conhecer e reconhecer. É um convite que oferece a oportunidade de se fazer próximo do outro para ver onde e como vive”, disse o Papa.

No mundo de hoje, prosseguiu, para os recém-chegados, acolher, conhecer e reconhecer significa conhecer e respeitar as leis, a cultura e as tradições dos países em que são acolhidos. Para as comunidades locais, acolher, conhecer e reconhecer significa abrir-se à riqueza da diversidade sem preconceitos, compreender as potencialidades e as esperanças dos recém-chegados, bem como a sua vulnerabilidade e os seus temores.

Deixe uma resposta