Dom Ceslau Stanula, missionário redentorista, nasceu no dia 27 de março de 1940, em Szerzyny, pequena cidade, distante a 100 km de Cracóvia, na Polónia. Seus pais Stanislaw e Bronislawa Stanula, camponeses, tiveram oito filhos. Destes, três são religiosos: Emil, sacerdote redentorista, doutor das línguas clássicas: Latin e Grego, especialista em historia antiga, já falecido; D. Ceslau atual bispo de Itabuna; e Tereza, da Congregação das Pequenas Irmãzinhas de Jesus, doutora em psicologia; um militar, coronel do Exército, também já falecido.Concluiu os estudos primários na sua cidade natal, Szerzyny. Cursou o segundo grau, na cidade copernicana de Torun. Entrou na Congregação dos Missionários Redentoristas com 17 anos. Terminou os estudos filosóficos e teológicos no Seminário Redentorista em Tuchów, hoje Pontifício Instituto Teológico PUC, onde recebeu a ordenação sacerdotal no dia 19 de julho de 1964.
Iniciou o seu trabalho sacerdotal na Polônia, na cidade universitária de Gliwice, Silésia, como catequista e capelão do Hospital Ontológico. De Gliwice foi destinado para missionário na Argentina e trabalhou no Norte argentino, na província del Chaco, nas cidades de Charata e Villa Angela. Em Villa Angela dedicou-se à catequese atendimento das escolas rurais, e à formação de catequistas, dando aulas na Escola Superior de Catequese da Diocese da Presidência Roque Saeñs Peña. De Villa Angela foi transferido para Quilmes em Buenos Aires, dedicando-se lá à pastoral familiar, preparando os noivos para o matrimonio e pregando missões populares.
Depois de seis anos de trabalho na Argentina, os superiores o mandaram para o Brasil, para, com os outros quatro padres vindos diretamente da Polônia, dar início à Missão Redentorista da Bahia, em Bom Jesus da Lapa. Chegou ao Brasil no dia 12 de abril de 1972.
Em Bom Jesus da Lapa ocupou as funções de Superior da Missão Redentorista da Bahia durante 9 (nove) anos, Reitor do Santuário Bom Jesus da Lapa, Pároco da Paróquia, Vigário Geral da Diocese, Professor do Colégio de São Vicente, Diretor da Gráfica “Bom Jesus”, Assistente Eclesiástico e orientador da Congregação das Filhas de Fátima e pregando também as missões populares. Aqui escreveu um pequeno “Catecismo Popular”.
Pelo seu trabalho de acolhida aos romeiros e as construções para os melhor atender, ajudou a divulgar a beleza deste Santuário que hoje se tornou a “Primeira Maravilha” do Brasil.
Depois de 12 anos de trabalho em Bom Jesus da Lapa foi transferido em 1984 para Salvador, para a Comunidade de São Lázaro e Paróquia da Ressurreição no bairro Ondina. No início assumiu a função de Vigário Paroquial e Diretor Espiritual do Encontro dos Casais com Cristo (ECC) e do “Grupo Repartir”. Com predileção dedicou-se à Pastoral Familiar. Trabalhou como professor na Escola Superior de Fé e Catequese “Lumen Christi”. Depois foi nomeado Superior da Comunidade Redentorista de São Lázaro, Pároco da Paróquia de Ondina, funções que desempenhou até a nomeação do bispo. Como Pároco, iniciou a construção da igreja de Ondina, no dia 6 de maio do ano 1989.
Neste período, dedicou-se mais ainda Pastoral Familiar, sendo nomeado pelo Arcebispo D. Lucas Cardeal Moreira Neves, Diretor Arquidiocesano do ECC. Foi eleito Coordenador da pastoral do Zonal II, membro do Conselho Presbiteral Arquidiocesano, Coordenador do Conselho Presbiteral da Arquidiocese e nomeado Vigário Forâneo da Forania 2 da Arquidiocese.
Para melhor identificar-se com o povo brasileiro, naturalizou-se brasileiro pela portaria n.° 00948, recebendo o Certificado de Naturalização no dia 24 de março de 1988 em Salvador.
Nomeado Bispo Diocesano de Floresta – Pernambuco, pelo Santo Padre o Papa João Paulo II, no dia 23 de agosto de 1989, recebeu a Consagração Episcopal na Paróquia de Ondina, Como bispo da Diocese de Floresta foi eleito bispo referencial da Pastoral Familiar, animador da Vida Consagrada na CNBB Regional NE II.
Na Diocese de Floresta assolada pelas grandes secas, conseguiu construir quatro açudes e uma adução de água potável de extensão de 4 km , até o povoado Ari.
Iniciou a edição do Boletim Diocesano, edição mensal, “Voz que Clama no deserto”.
Transferido pelo Papa João Paulo II para a vacante diocese de Itabuna, tomou pose no dia 26 de outubro de 1997.
Continua dedicar-se a pastoral familiar no Regional NE III, que abrange os Estados Bahia e Sergipe. Foi eleito o Presidente da CNBB Regional NE III e desempenhou esta função durante quatro anos.
Continuou a edição mensal do Boletim Diocesano “Voz que Clama”, que se tornou hoje a fonte de pesquisas para os que se interessam com a vida e acontecimentos, principalmente religiosos, da região.
Lutou pela implantação do Curso de Medicina na UESC, como provam os ofícios dirigidos neste sentido para o Secretário da Educação naquela época Dr. Eraldo Tinoco, e ao próprio Governador do estado Cesar Borges.
Mantém já oito anos a coluna “Voz que Clama” no Jornal “Agora” onde está escrevendo semanalmente o artigo.
Editou livros: “O cotidiano da Igreja” em 2009 pela Editora “Bom Jesus”; “Em sintonia com a Igreja” em 2010, também pela Editora “Bom Jesus” e recentemente (20 de maio deste ano 2013) “Semente Caída”, pela mesma Editora Bom Jesus. Em preparação esta outro livro – quarto.
Dom Ceslau é o Membro da Academia Grapiúna de Letras.
Alem disso tem alguns artigos publicados em varias revistas em polonês, italiano e espanhol.
Conseguiu fazer várias construções importantes para Diocese como para a região tais como: aumento do prédio do Seminário Diocesano para mais 20 estudantes; construiu o Centro Pastoral, lugar de formação encontros etc; construiu a Residência Oficial dos Bispos de Itabuna etc.
São estes pequenos traços da vida e atuação de Dom Ceslau. Ama o povo sertanejo, nordestino, a qual dedicou uma boa parte da sua vida. Neste momento servindo o povo na região cacaueira, animando o povo e lutando pela paz na região.
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