Uma profecia filosófica para a vida

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Já está na hora de sairem nas ruas pedindo o direito de viver? Será que esta vacina consegue trazer paz para a humanidade? Acredito que há muito mais coisa nesta pandemia do que se imagina! Sua consequência na vida das pessoas será incalculável. Já são perceptíveis seus rastros na vida psíquica, emocional e espiritual das pessoas, sem falar na vida econômica.

Eu fico pensando: será que a humanidade sabe do real problema que estamos enfrentando? Uma guerra invisível entre super nações. Eles querem isso mesmo: que ninguém pense. Deste modo, fecham instituições, e nesta luta de superpotências, todos nós somos inocentes.

É por causa destes inocentes que a humanidade vai guerrear entre si? Os munícipes vão entrar em conflito com seus gestores e irão tramar guerras com seus governantes, os quais vão se insurgirem contra seus representantes maiores e, por fim, a guerra se espalhará entre as nações. Das grandes potências mundiais, nos chegaram o colapso na saúde, e pelas mesmas potências a humanidade viverá uma espécie de “torre de Babel”, ninguém entenderá e nem respeitará as normas, instaurando, portanto, a guerra mundial invisível.

Diante desta guerra instaurada, podemos objetar: até quando vamos ficar pagando pelo mal uso do dinheiro público? Temos que ficar em casa porque não tem hospital para acolher os enfermos, diga-se de passagem, que nunca tivemos hospitais que atendessem de verdade à população. Isso é tão verdade que temos que pagar rios de dinheiro para Planos de Saúde porque o governo não consegue oferecer um sistema de saúde de qualidade para todos os seus cidadãos. Veja que não somos nós que estamos errados em lutar pelos nossos direitos, é o sistema governamental que nunca conseguiu compreender e resolver a necessidade do cidadão.

O silogismo que se usa para persuadir cada pessoa quanto à gravidade do problema é muito forte porque responsabiliza cada indivíduo pela vida do outro, porém não é assim que funciona na prática. Na verdade ninguém quer ser “mandado”, manipulado por outrem. Quando se quer responsabilizar uma ação em proveito do agir de outros, se espera que eles correspondam a minha privação em benefício do outro, porém este movimento tira minha liberdade de agir. Por isso, o meio termo entre minha ação que responsabiliza a preservação do outro e tira de mim a possibilidade de viver livremente é muito próximo, a ponto de uma pessoa deixar de viver para preservar a vida. Preserva-se a vida, todavia, vivendo. É tempo de lutar pela vida, lute pelo direito de viver.

Texto: Padre Joacir d’Abadia, filósofo, autor de 15 livros, Especialista em Docência do Ensino Superior, Bacharel em Filosofia e Teologia, Professor de Filosofia Prática. Acadêmico: ALANEG, ALBPLGO, AlLAP, FEBACLA e da “Casa do Poeta Brasileiro – Seção Formosa-GO”, Coordenador da Pastoral do Diálogo Inter-Religioso _Contato: (61) 9 9931-5433

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