Simpósio e Culto Ecumênico abrem Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

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O I Simpósio de Igrejas Cristãs Tradicionais foi promovido pelo Grupo de Vivências Ecumênicas (GRUVE) de Teixeira de Freitas (BA)

Por Petrina Nunes

Ocorreu no último domingo, dia 06 de maio, em Teixeira de Freitas, o I Simpósio de Igrejas Cristãs Tradicionais – SICTRA, com a temática “Em busca da Unidade Cristã”, no auditório da FASB/IFA. Após o evento, houve a inauguração da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, com um culto ecumênico que foi dirigido pelo bispo da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas, Dom Jailton de Oliveira Lino.

O Simpósio foi organizado por religiosos da Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Siríaca Ortodoxa, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Primeira Igreja Batista de Teixeira de Freitas (PIBATEF), que fazem parte do Grupo de Vivências Ecumênicas de Teixeira de Freitas (BA) (GRUVE).

Houve quatro palestras, durante o dia, realizadas por religiosos da cidade que fazem parte do GRUVE. A primeira palestra foi do Padre Fabiano Costa, pároco da Nossa Senhora das Graças, Igreja Católica Apostólica Romana da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas, com o tema “Princípios e frutos da unidade cristã: uma abordagem a partir do decreto Unitatis Redintegratio”. A segunda palestra, do Padre Celso Kallarrari, da Igreja Siríaca Ortodoxa, tratou: “O caminho ecumênico entre as Igrejas Ortodoxa Orientais e a Igreja Católica Romana: avanços e perspectivas”. A terceira palestra, do Pastor Davi Haese, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, teve como tema “Luteranos e Católicos: alegrias com o crescimento da compreensão, da cooperação e do respeito mútuo”. E, a última palestra, do Pastor Juan Servin, da Primeira Igreja Batista de Teixeira de Freitas (PIBATEF) falou sobre “A Unidade e seu processo histórico: perspectivas e desafios”.

A iniciativa de formar o grupo ecumênico foi do Padre Celso Kallarrari. O grupo é formado por religiosos de diferentes igrejas cristãs que buscam fazer a experiência de vida na oração, leitura bíblica e experiências pessoais. Os religiosos se reúnem uma vez por mês para orarem pela unidade cristã, trocarem experiências e compartilharem ensinamentos teológicos. Apesar disso, ele diz que muitas pessoas são resistentes a essa ideia de união. “A partir do momento em que vencermos as barreiras doutrinais, teológicas e, principalmente, do fundamentalismo que é muito comum entre nós, avançaremos para o propósito de Cristo que, antes de partir ao Pai, rezou pela unidade da sua Igreja. A unidade, portanto, não é um desejo humano, antes é um desejo de Cristo”, concluiu o padre.

Todos os religiosos presentes acreditam que essa iniciativa tende a mudar a cidade e promover o respeito entre as igrejas. “Acredito no caminho ecumênico como proposta de construção de cultura de paz e que deve continuar, não apenas em momentos e eventos oficiais entre as Igrejas, mas como proposta de concretizar o caminho da unidade no dia a dia”, disse o pastor Davi. O pastor Juan destaca que esse projeto tem base na própria Palavra de Deus: “acho que a unidade é entendida a partir da leitura da oração do nosso Senhor Jesus Cristo, que está em João 17, que traz um projeto de paz, diálogo e respeito que é a manifestação da Santidade de Deus”, falou. O padre Fabiano, ainda em sua palestra, destacou a importância de se orar pelos ‘irmãos separados’, e de ações ecumênicas da Igreja Católica em prol de todos, ele ainda nos informou que, para os católicos, “se trata de uma mesma religião, o cristianismo, as igrejas que são diferentes”.

Após as atividades do Simpósio foi iniciado um culto ecumênico que inaugura uma ação nova na cidade, que é essa busca pelo diálogo entre as religiões. Em sua homilia, o bispo da Diocese Teixeira de Freitas/Caravelas falou sobre o amor que deve existir entre nós, cristãos, mas que, para isso, é necessário nos conhecer. A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos será estendida durante todo o ano. Além do bispo e dos religiosos, o culto também teve a participação de pessoas da comunidade que puderam ajudar na proposta do culto ecumênico, que é a interação e a participação comum entre todos.

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