Santos gêmeos, Cosme e Damião recebem homenagens de devotos em Salvador

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Festa do padroeiro e oito décadas de criação da paróquia. Estas são as motivações para os festejos na Paróquia Santos Cosme e Damião, localizada no bairro Liberdade, em Salvador. À luz do tema “Ai de mim se eu não evangelizar: 80 anos de fidelidade e anúncio”, os fiéis participam do novenário, que acontece de 17 a 25 de setembro, sempre com início às 19h, com exceção do dia 19, quando a Celebração acontecerá às 18h.

A programação deste ano é marcada por Missas e por gestos solidários, que se concretizam nas doações de macarrão (1ª noite), feijão (2ª noite), leite (3ª noite), óleo (4ª noite), arroz (5ª noite), farinha (6ª noite), café (7ª noite), açúcar (8ª noite) e pasta de dente e desodorante (9ª noite). A memória litúrgica dos santos Cosme e Damião será celebrada no dia 26 de setembro, às 18h, quando haverá Missa Festiva presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha.

 Santos gêmeos

São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã, e ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas. Os irmãos foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes.

Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência. Os santos não cobravam por seus serviços médicos, por esta razão espalhou-se a ideia de que os gêmeos não gostavam de dinheiro.

Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados.

Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas, mas não morreram quando atingidos. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças.

Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé.

Por: Sara Gomes/Arquidiocese de São Salvador (BA)

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