Papa Francisco aprova “visita” de São João XXIII a sua terra natal

A Diocese de Bergamo, na Itália, anunciou que no ano de 2018 o corpo de Papa são João XXIII voltará a sua terra natal, em uma visita que espera-se que dura aproximadamente duas semanas.

Em um comunicado com data de 27 de junho, a diocese informou que o Papa Francisco aprovou o pedido do Bispo de Bergamo, Dom Francesco Beschi, para que os restos mortais de São João XXIII “voltem a Bergamo”.

Espera-se que a visita do corpo do santo, que atualmente repousa na Basílica de São Pedro, inicie por volta do dia 3 de junho de 2018, quando se completam 55 anos da morte do chamado Papa bom.

O Bispo de Bergamo agradeceu ao Papa Francisco “por este gesto de amor paternal para com nossa diocese”.

É a partir das raízes do que São João XXIII aprendeu, continuou o Bispo, “que devemos olhar para os aspectos positivos antes dos negativos; e considerar, nas relações com os outros, o que une mais do que o que divide”.

Angelo Giuseppe Roncalli, o nome de nascimento de João XXIII, nasceu em Sotto il Monte, uma localidade da província italiana de Bergamo, em 25 de novembro de 1881. Foi o quatro de 13 filhos.

Foi ordenado sacerdote em 1904, aos 22 anos. Serviu em Bergamo até ingressar no Corpo Diplomático do Vaticano e foi ordenado bispo em 1925.

Em 1953, foi criado Cardeal e nomeado Patriarca de Veneza. Foi eleito sucessor de São Pedro em 28 de outubro de 1958.

Entre outras coisas, o falecido Pontífice é lembrado por ter convocado o Concílio Vaticano II, o evento da Igreja mais importante do século XX.

Devido à sua vida de santidade, foi beatificado no ano 2000 e logo canonizado, junto com São João Paulo II, em 27 de abril de 2014.

Em seu caso, o Papa Francisco decidiu desconsiderar a regra que, para a canonização, pede-se um milagre a mais realizado pela intercessão do beato. Curiosamente, foi o próprio São João XXIII que, em 1960, fez algo semelhante para canonizar São Gregório Barbarigo, um cardeal italiano do século XV.

São João XXIII na canonização de São Martinho de Lima em 1962

Fonte:ACI Digital

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