Palavra do Pastor: Dom Carlos fala sobre os seus 40 anos de ordenação presbiteral. Confira a história do Bispo da Diocese de Itabuna!

A Palavra do Pastor dessa semana está especial! No dia 21 de maio, Dom Carlos Alberto dos Santos, bispo da Diocese de Itabuna, completa 40 anos de ordenação presbiteral. Nessa entrevista, o religioso fala um pouco da sua trajetória nos estados de Bahia e Sergipe(SE),durante os 40 anos de evangelização.
 
Vale ressaltar que Dom Carlos comemorou no dia 07 de abril de 2023, seu 6º ano à frente da Diocese de Itabuna, no sul da Bahia. A diocese, é compreendida por 33 paróquias, 3 Quase-Paróquias e mais de 140 comunidades em 16 municípios baianos.
A posse canônica aconteceu no dia 07 de abril de 2017, após Dom Carlos Alberto ter sido escolhido pelo Papa Francisco. Anteriormente, Dom Carlos pastoreou a Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas, no Extremo sul da Bahia, por um período de 12 anos. Ele é o quinto bispo a assumir a Diocese de Itabuna num período de 40 anos.
Sergipano, Dom Carlos nasceu no dia 2 de outubro de 1955 e tem 67 anos de idade. Ele foi ordenado padre em 1983, em Tobias Barreto (SE), sua cidade natal. Em 15 de junho de 2005 foi nomeado bispo e ordenado em 26 de julho do mesmo ano, em Aracaju (SE).
 
Graduou-se em Filosofia, Estudos Sociais e Teologia junto aos Salesianos. Foi ordenado sacerdote em 21
de maio de 1983 e incardinado na Arquidiocese de Aracaju.
Na capital sergipana foi Reitor do Seminário Menor Sagrado Coração de Jesus; Administrador Paroquial, Reitor do Seminário Provincial Nossa Senhora da Conceição; Assistente Espiritual da Renovação Carismática Católica (RCC); Coordenador da Pastoral vocacional e dos ministérios; Diretor Espiritual do Seminário Menor, Pároco em várias paróquias, Responsável pela formação dos diáconos; representante do clero; membro do Conselho presbiteral, do Colégio dos Consultores e do Conselho Arquidiocesano Pastoral e Vigário Geral.
No Regional Nordeste III desenvolve algumas atividades, entre elas: Bispo Referencial da Pastoral Familiar do Regional Nordeste III e do Cursilho de Cristandade.
 
Foi nomeado como bispo da Diocese de Teixeira de Freitas-Caravelas – BA, em 15 de junho de 2005, pelo Papa Bento XVI, atualmente Papa Emérito, até 07 de abril de 2017.
Tomou posse como 5º Bispo da Diocese de Itabuna no sul da Bahia em 07 de abril de (2017), às 17h na Catedral de São José na cidade de Itabuna do Estado da Bahia /Brasil.
 
Confira abaixo, a entrevista que o Portal Católico realizou com o Bispo:
 
Porta Católico: Como surgiu sua vocação presbiteral?
 
Dom Carlos:  Vocação é dom de Deus, é presente de Deus. Eu sou de uma família religiosa, que sempre participou da vida da Igreja, da vida sacramental. Então, desde criança, morando na roça, participando das missas todo mês, eu percebia algo muito importante na vida do padre. Mas eu estava lá no meio do povo com a minha mamãe e o meu papai. Comecei a celebrar em casa e nessas celebrações foi despertando o desejo cada vez mais de ser padre (até então eu não sabia o que era isso). Depois, fui estudar na cidade. Comecei a ser coroinha ajudando o padre, visitando as comunidades com o padre, e peguei o gosto para a vida sacerdotal, rezando, pedindo ao Senhor para que me desse a luz para saber o que eu queria mesmo, qual era a minha vocação, a minha missão. De tal forma que aos poucos eu fui despertando no meio de tantas vocações, a vocação realmente para a vida sacerdotal. Recebi o apoio da família, inclusive, tenho religiosos, religiosas, padres e freiras no meio da minha família. Então, foi dessa forma que fui despertando o “sim” para Deus.
 
Portal Católico: O senhor recebeu apoio para a sua decisão?
 

Dom Carlos: Eu sempre pedi a Nossa Senhora para que não me deixasse ser padre para ser infeliz e nem fazer infeliz a ninguém. Para isso eu rezo, para isso eu faço o possível para não fazer distinção de pessoas. Eu sou padre e sou pastor de todos, e em todos os ambientes. De tal forma que se chegar aqui agora uma pessoa para se confessar, eu atendo essa pessoa, porque a graça de Deus é naquele instante em que a pessoa veio, porque muitas vezes, ela está agoniada. Se tem uma pessoa para conversar, também eu atendo. Não vou ficar marcando horário, nem dia, nem momento (ao menos que eu não esteja podendo atender no momento). Então, me sinto feliz, me sinto realizado, me sinto nesta capacidade de amar e dar a vida à serviço dos irmãos, fazendo com que o outro seja feliz.

Portal Católico; O que representa para o senhor a celebração desses 40 anos de ordenação?
 
Dom Carlos: É um ato de agradecimento que eu tenho a fazer. Sempre pedi a Nossa Senhora que não me deixasse ser padre para ser infeliz e nem fazer infeliz a ninguém. Eu queria realmente ser sacerdote, segundo o coração de Cristo. E para isso eu zelo, para isso eu rezo, para isso eu faço o possível para não fazer distinção de pessoas. Eu sou padre e sou pastor de todos e em todos os ambientes. De tal forma que se chegar uma pessoa aqui agora para se confessar, eu atendo esta pessoa, porque a graça de Deus é naquele instante em que a pessoa vem ao meu encontro, e muitas vezes, ela está agoniada. Se vem uma pessoa para conversar, eu também atendo. Não vou ficar marcando horário, nem dia, nem momento (ao menos em que eu não esteja podendo atender), mas podendo, eu atendo. Então, eu me sinto feliz, realizado. Me sinto nesta capacidade de amar e de dar a vida à serviço dos irmãos, fazendo com que o outro seja feliz.
 
Portal Católico: Como foi a sua trajetória na Igreja até hoje?
 
Dom Carlos: A minha trajetória até hoje foi muito bonita. Tenho saudade de quando era padre. Muita saudade! Na primeira vez, eu já peguei três paróquias (numa eu era Vigário paroquial, em outra eu era administrador e em outra fui pároco). Depois dessas três paróquias, fui direto para ser Reitor do Seminário menor que tem em Aracaju. Logo depois eu fui Reitor do Seminário maior. E depois fui para algumas paróquias, até que fui convidado para ser Bispo na Diocese de Teixeira de Freitas/ Caravelas, no Extremo Sul da Bahia.. No dia 13 de maio fui chamado em Brasília para receber a nomeação.
 
Portal Católico: Qual foi o seu maior desafio?
 
Dom Carlos: Meu maior desafio foi sair do meu estado para vir para outro estado em que eu não conhecia nada, nem cultura nenhuma. Mas, o povo daqui é muito bom, é muito aberto, muito acolhedor. Hoje, já vejo que as coisas são bem mais tranquilas porque fui me adequando às situações.
 
Portal Católico: Qual o foco do seu trabalho como bispo na Diocese de Itabuna?
 
Dom Carlos: O meu foco é evangelizar, sobretudo, buscando a evangelização das famílias, das pessoas, e procurar grandes e bons evangelizadores, para que surjam no meio de nossas famílias, outras boas e santas famílias, e outras boas e santas vocações.
 
Portal Católico: Explique os dois lemas que marcam a sua trajetória vocacional.
 

Dom Carlos: “O espírito do Senhor repousa sobre mim”. Então a partir do momento em que eu me entreguei, o Espírito Santo veio sobre mim, me consagrou, me enviou em missão. Continuando essa vida sacerdotal com essa missão também eu tenho um amor muito grande por Nossa Senhora. Por isso que eu coloquei no meu lema episcopal: “Por Maria, a Eucaristia”, porque veio por ela, o primeiro vaso sacrário vivo. Foi Nossa Senhora quem trouxe para a humanidade, Jesus. E ela, realmente, pede para que eu possa apresentar o Seu Filho Jesus a todos da humanidade. A Eucaristia é fonte de vida, é o centro da nossa vida cristã. E por isso eu estou cada vez mais desejoso que a Eucaristia seja fonte de vida também para a humanidade, ao lado de Nossa Senhora como Mãe que sempre me leve. E que eu possa dizer como ela diz: “Que minha alma canta, minha alma pura de alegria e Deus, Meu Salvador”.

 

Para finalizar a entrevista, ele deixou um recado: “Quero agradecer ao povo bom das nossas dioceses, das nossas paróquias que sempre está rezando por mim, sempre está ao lado do meu trabalho. Agradecer a todos que colaboram conosco e também aos padres, religiosos, religiosas, diáconos, a todos que estão servindo da melhor maneira possível. Amo essa Igreja e quero fazer com que Jesus seja mais conhecido e mais amado”.

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