No dia de sua festa, ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro poderá ser venerado em Aparecida

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Roubado e esquecido, ícone mariano se popularizou pelo mundo graças ao empenho dos Missionários Redentoristas
 

Por Victor Hugo Barros

No próximo domingo (27), a Igreja recorda o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Quem passar pelo Santuário Nacional de Aparecida (SP) ao longo do dia, vai poder venerar uma réplica do ícone, que estará exposto no Altar Central da Basílica.

No templo, as celebrações acontecem às 6h, 8h, 10h, 12h, 14h, 16h e 18h. As missas das 08h, 12h e 18h serão transmitidas pelas redes sociais do Santuário Nacional (Facebook e Youtube) e Rede Aparecida de Comunicação.

Embora remonte ao período bizantino, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir do século XIX. Em 1866, o Beato Papa Pio IX confiou o ícone aos Missionários Redentoristas.  “Façam-na conhecida no mundo inteiro”, exortou o pontífice.

A partir daí a pequena pintura em madeira, de apenas 54 centímetros de altura por 41,5 de largura, ganhou fama por todo o mundo. Feito na Ilha de Creta, na Grécia, o quadro foi roubado e esquecido, até ser levado para a Igreja de Santo Afonso, em Roma, onde hoje é venerado.

Para o diretor da Academia Marial de Aparecida, padre José Ulysses da Silva, o ícone não é apenas objeto de devoção, mas também de contemplação. “Ela representa aquilo que nós, Redentoristas, chamamos de Copiosa Redenção, ou seja, o amor e a misericórdia distribuída a todos aqueles que tem Jesus como seu Redentor”.

“Se nós olharmos bem este ícone, vamos ver que Jesus é o centro do quadro. Nossa Senhora está apontando para ele, num movimento que chamamos de Hodegétria”, explica o prefeito de igreja do Santuário Nacional, padre Eduardo Ribeiro.

As mãos de Jesus, o Perpétuo Socorro, estão nas mãos de Maria. Ao redor de Cristo, anjos com uma lança e a cruz simbolizam a Paixão. “Por isso este ícone também é chamado de ícone da Paixão”, conta padre Eduardo.

Padroeira das Missões Redentoristas, a invocação mariana passou a ser mais conhecida exatamente por meio do empenho dos Missionários. Réplicas do ícone passaram a ser utilizadas pelos religiosos durante as pregações em diversos lugares do mundo, o que fez com que o pedido do Beato Pio IX fosse cumprido.

“Essa devoção se expandiu tanto que até mesmo budistas, muçulmanos e hinduístas acorrem para celebrar a Novena Perpétua de Nossa Senhora”, recorda padre Ulysses.

No Brasil, centenas de igrejas são dedicadas à esta devoção mariana. A invocação ainda é padroeira de diversos municípios do país, além de ter sido aclamada como Rainha do estado do Mato Grosso do Sul.

Foto: Thiago Leon

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