JMJ 2023: que os jovens sejam protagonistas da evangelização

D. Joaquim Mendes, coordenador geral da área pastoral da JMJ Lisboa 2023, afirma que a peregrinação da Cruz e do Ícone mariano nas dioceses será um caminho de transformação pastoral e missionária.
 
Já começou a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023. A Cruz peregrina e o Ícone mariano “Salus Populi Romani” já estão em Angola aonde chegaram no dia 8 de julho. Ali ficam até 15 de agosto. Espanha e Polónia serão provavelmente os destinos seguintes. Em Portugal, a grande peregrinação dos símbolos começa em novembro deste ano de 2021 pela diocese do Algarve e durará até julho de 2023.

Caminho de evangelização e de transformação pastoral

Sobre este grande evento de peregrinação que agora teve início, a Agência Ecclesia foi ouvir D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa e coordenador geral da JMJ Lisboa 2023 para a área pastoral. Sublinhou o pedido aos jovens de serem protagonistas da evangelização:

“O que se pede aos jovens é que eles sejam protagonistas da evangelização. Sejam para os outros e para a humanidade sinais e portadores do amor de Jesus Cristo, que os alcançou e que através deles quer alcançar a todos. É importante o pedido que o Papa fez aos jovens na JMJ do Rio de Janeiro: “Por favor, não deixem para os outros o ser protagonistas da mudança. Vocês são aqueles que têm o futuro”. O que nós pedimos aos jovens é que eles acolham este desafio do Papa Francisco e abracem com alegria estes símbolos, a Cruz e Nossa Senhora, e com eles percorram um caminho de preparação para a JMJ, de modo que seja um testemunho claro de fé e de missão” – declarou.

O bispo auxiliar de Lisboa, D. Joaquim Mendes, destacou à Agência Ecclesia, o significado importante dos símbolos da JMJ que possibilitam um encontro forte com Jesus Cristo:

“Os símbolos têm um significado importante. Olhando para os símbolos vemos que muitos jovens, milhões de jovens ao longo dos anos da JMJ, rezaram diante deles e tiverem um encontro forte com Nosso Senhor Jesus Cristo e momentos fortes de oração. A Cruz diz-nos que só na morte e ressurreição de Cristo é que nós podemos alcançar a salvação. É centralidade da nossa vida cristã e sinal mais eloquente do amor do Senhor por nós” – frisou.

Para o coordenador da área pastoral da JMJ de Lisboa a peregrinação dos símbolos nas dioceses será um caminho de evangelização e de transformação pastoral.

“É desejável que esta peregrinação dos símbolos seja um momento marcante na vida das dioceses e no caminho para a JMJ, que como o Papa manifestou e desejou quer que seja um caminho de evangelização e de transformação pastoral, missionária, sinodal e de renovação da Igreja através das comunidades no protagonismo dos jovens” – disse D. Joaquim Mendes.

Símbolos da JMJ, anunciadores do Evangelho

Os símbolos da JMJ são autênticos anunciadores do Evangelho que peregrinam com os jovens. Com quase 4 metros de altura, a Cruz peregrina construída para o Ano Santo de 1983, foi confiada pelo Papa S. João Paulo II aos jovens. A partir daí já percorreu os cinco continentes e quase 90 países. Um verdadeiro sinal de esperança. Esteve em 1985 em Praga, na República Checa, em tempos de divisão na Europa, marcou presença no Ground Zero em Nova Iorque no local dos ataques terroristas de 2001 e esteve no Ruanda em África em 2006 depois do país ter sido assolado pela guerra civil.

Desde o ano 2000 que a Cruz peregrina conta com a companhia do ícone “Salus Populi Romani” que retrata a Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços. Com cerca de 1,20 metros de altura, este ícone está associado a uma das mais populares devoções marianas em Roma. O Papa Francisco visita-o, deixando-lhe um ramo de flores, sempre que parte ou regressa de uma viagem apostólica.

Com a peregrinação dos símbolos, a preparação para o grande encontro de juventude de 2023 ganha cada vez mais ritmo.

Laudetur Iesus Christus

Rui Saraiva – Portugal /Vatican News    

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