De JPII até hoje: simpósio internacional percorre 40 anos de história sobre os santos

Começa nesta quarta-feira (9) o encontro de três dias que pretende fazer um balanço dos “Modelos de santidade e canonizações há 40 anos da Constituição Apostólica Divinus perfectionis magister (1983-2023)”, promulgada em 1983 por João Paulo II que agilizou os processos de canonização. Uma coletiva de imprensa apresentou o programa do simpósio que acontece na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.

Uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (8) apresentou o simpósio internacional “Modelos de santidade e canonizações há 40 anos da Constituição Apostólica Divinus perfectionis magister (1983-2023)” que acontece de 9 a 11 de novembro na Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. O objetivo da iniciativa é fazer um balanço de 40 anos de história sobre a santidade, como enfatizaram tanto o Pe. Bernard Ardura, presidente do Pontifício Comitê de Ciências Históricas que promove o evento, como o professor Bernard Dompnier, membro do mesmo Pontifício e consultor histórico do Dicastério para as Causas do Santos, que colabora com o simpósio.

Pontificado de JPII: 450 santos e quase 1300 beatos

Com a promulgação da constituição em 25 de janeiro de 1983, Pe. Bernard comentou que João Paulo II estava seguindo os passos de seus predecessores “para tornar o estudo das Causas dos Santos cada vez mais preciso e documentado”. As novas normas ajudaram a agilizar os processos de canonização, “sem que fosse prejudicada a solidez das investigações num tema tão sério”, escreveu o Papa polonês. Uma simplificação do procedimento, acrescentou Pe. Bernard, para gerar “um notável aumento de Beatificações e Canonizações”, sobretudo no pontificado de João Paulo II ao proclamar “mais de 450 santos e quase 1300 beatos, um número sem precedentes na história do cristianismo e que representa mais da metade de todos os santos e beatos proclamados desde o final do século XVI”.

Assim, continou o Pe. Bernard, surge uma questão: “quais são as figuras de santidade que a Igreja pretende propor como modelos de uma vida santa ao povo de Deus? E outra pergunta surge imediatamente, na verdade antes da primeira: quais são as figuras de santidade que o povo cristão apresenta à Igreja com vistas à sua canonização? Quais são as figuras de santidade em quem pastores e fiéis se encontram melhor, em quem veem exemplos a seguir, intercessores próximos de suas necessidades?”.

A partir desses questionamentos o simpósio internacional será conduzido, fazendo, dessa forma, “um balanço dos últimos 40 anos, desde João Paulo II até os dias de hoje, no campo da hagiografia, da teologia e do direito relativo às Causas dos Santos, e tentaremos destacar a grande variedade das figuras de santidade, desde mártires a santos religiosos e leigos, homens e mulheres, ministros ordenados, papas, doutores, crianças e adolescentes. Tentaremos identificar os ambientes de santidade que refletem nosso tempo: família e movimentos religiosos, e gostaríamos de tocar pelo menos em alguns temas muito relevantes, como o desafio da inculturação da santidade, santidade e misticismo, as várias dimensões e significado do milagre nas Causas dos Santos, sem esquecer as representações dos santos, que dizem algo sobre a imagem que fazemos da própria santidade”.

A santidade não é renúncia

A santidade, assim, se confirma como um fenômeno presente de forma importante durante os séculos na Igreja e deve ser buscada por cada um de nós, como novamente enalteceu o Papa Francisco nesta terça-feira (8), na sua conta oficial no Twitter em língua portuguesa:

“A santidade não é um programa de esforços e renúncias; mas é, antes de mais nada, a experiência de ser amados por Deus, de receber gratuitamente o seu amor, a sua misericórdia.”

Por:Andressa Collet – Vatica News

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