Trezenário de Santa Dulce teve início nesta terça-feira

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As celebrações em homenagem a Santa Dulce dos Pobres, em Salvador, começaram nesta terça-feira, dia 1° de agosto, e seguem até o dia festivo, dia 13 de agosto, e devem reunir milhares de fiéis, devotos e admiradores da vida e obra do Anjo Bom do Brasil. Neste ano, o tema refletido é “Santa Dulce: modelo da vida cristã e intercessora da nossa vocação à santidade”.

 Os devotos podem participar das missas que serão realizadas no Santuário Santa Dulce dos Pobres, de 1hoje até o dia 12 de agosto.
A Missa Campal será celebrada em 13 de agosto, às 16h, na Praça Irmã Dulce, na capital baiana, na data em que se comemora o Dia de Santa Dulce dos Pobres. A oração será presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal Dom Sergio da Rocha.
Além da cerimônia a céu aberto, o dia 13 também contará com missas no Santuário, no horário das 6h, 8h, 10h, 12h e 14h.
 
Biografia de Irmã Dulce:
Fé, devoção, caridade e acolhimento aos pobres são algumas das características marcantes de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce. Filha de Augusto Lopes Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, a religiosa baiana nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador. Desde cedo, mostrou à família e a todos que precisavam dela que sua missão na terra era estar perto daqueles que necessitavam de ajuda. Principalmente as pessoas enfermas e pobres.
Aos 7 anos, a mãe morreu e, aos 13, ela já acolhia mendigos e doentes na casa onde morava com o pai e os irmãos, no bairro de Nazaré, na capital baiana.
 
 Já adulta e freira, ela ajudou operários do bairro de Itapagipe, em Salvador, a formarem a União Operária São Francisco, que logo depois se transformou em Círculo Operário da Bahia.
Junto aos trabalhadores, Maria Rita inaugurou colégio para os filhos dos operários e ainda ajudou a fundar os cinemas Plataforma e São Caetano. A renda obtida nos cinemas contribuía para a manutenção do Círculo Operário.
Ao longo da vida criou as Obras Sociais Irmã Dulce, na Cidade Baixa, e fundou o Hospital Santo Antônio, que faz parte do complexo das Obras. Irmã Dulce salvou vidas, tirou pessoas do vício em drogas, deu esperança a adolescentes abandonados e fez tudo isso com muito trabalho e dedicação.
 

Fonte de amor e cuidado com os pobres na terra, após a morte, ela também atendeu aqueles que a clamaram em momentos difíceis e fez milagres na vida dessas pessoas. Como foi o caso do maestro baiano que voltou a enxergar 14 anos depois de ficar cego.

Por conta desse e de outro milagre, Irmã Dulce se tornou a Santa Dulce dos Pobres, após cerimônia de canonização em 13 de outubro de 2019.
 O milagre atribuído a Irmã Dulce ocorreu em 2001;
A agraciada com milagre foi Cláudia Cristiane Santos de Araújo, que na época morava na cidade de Malhador, no interior de Sergipe;
Cláudia teve uma hemorragia após o parto e os médicos não conseguiram controlar o sangramento. Diante da situação, um padre, amigo da família, invocou a intercessão de Irmã Dulce e colocou uma foto da freira no leito de Cláudia. Quando o médico se preparava para assinar o atestado de óbito, foi surpreendido com a notícia da melhora repentina de Cláudia;
 
O milagre foi investigado por uma comissão eclesiástica do Vaticano. Depois de sete anos ouvindo os personagens, as testemunhas e todas as pessoas envolvidas na história, a Irmã Dulce foi declarada beata;
Irmã Dulce foi Beatificada em 2010, quando teve o primeiro milagre reconhecido;
A festa de beatificação de Irmã Dulce foi no dia 22 de maio, no Parque de Exposições de Salvador;
O milagre foi o penúltimo passo para a canonização da freira. Para se tornar Santa Dulce dos Pobres, mais um milagre operado pelo Anjo Bom da Bahia precisou ser comprovado;
 
O Vaticano tem quatro exigências quanto à veracidade da graça, até ser considerada milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito;
O reconhecimento do Vaticano sobre o segundo milagre de Irmã Dulce ocorreu em maio de 2020.
O novo milagre foi com o maestro Maurício Moreira, de 50 anos, que ficou cego em 2000 e voltou a enxergar 14 anos depois;

Três graças alcançadas por devotos, após orações a Irmã Dulce, estavam sendo analisadas pelo Vaticano, com vista no processo de canonização da religiosa. Esses três casos foram enviados ao Vaticano pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em 2014, após análise de profissionais da própria instituição.

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