A Irmã Miriam de la Cruz, religiosa do Convento Carmelita do Amor Misericordioso na cidade de Szczecin, Polônia, vive uma particular “vocação dentro da vocação”. Sendo uma ermitã e levando um voto de silêncio durante 16 anos, seu testemunho leva ao mundo uma mensagem sobre a riqueza da relação íntima com Deus.
“É extremadamente difícil expressar em palavras quão feliz é a vida em amizade com Nosso Senhor e em contato incessante com Ele”, expôs a religiosa em um escrito divulgado pela plataforma Aleteia. “Que amigo tão fiel, generoso, amável, gracioso, engenhoso e amoroso é Ele”. A ermitã explicou que a amizade de Deus “satisfaz todos os desejos do coração humano e é uma relação que sana todas as feridas e liberta de todas as limitações”. Jesus Cristo “tenha piedade de nossas debilidades e mostre uma generosidade insuperável”.
Para seguir sua vocação especial, a Irmã Miriam teve que ser dispensada de seus votos na ordem Carmelita e tomar novos votos de ermitã ante o Bispo de Szczecin-Kamien, Dom Kazimierz Jan Majdanski, em 1988. Desde 2001, a religiosa realizou votos de silêncio perpétuo. Em uma carta escrita em 2006, a Irmã Miriam expôs o sentido de seu particular modo de vida.
“O silêncio é muito duro para nossa natureza, também para mim. No entanto, a vida social humana é possível graças a uma certa dialética do silêncio e o falar, a contemplação e a relação, o liberar-se dos desejos do mundo e o desfrutar do mundo”, comentou. “Por este motivo o papel do silêncio na comunicação interpessoal, nas relações, parece crucial e verdadeiramente necessário para obter alguma harmonia. É comunicação o que sucede dentro do espírito, onde a plena atenção, a amabilidade, a solicitude pelo outro e o respeito se originam. Há uma estreita correlação entre o silêncio e o falar e tudo nasce do silêncio”.
De uma forma surpreendente, esta ermitã não vive em um lugar apartado, mas em uma casa separada do convento carmelita por apenas um muro, junto a um complexo que inclui uma escola primária, uma clínica de oncologia, uma casa de retiros, uma casa paroquial e um refúgio da Cáritas para pessoas sem lar. Em meio do agitado serviço caritativo vive a ermitã, a única mulher com voto de silêncio na Polônia, como pulmão espiritual de uma ativa comunidade católica.
Fonte:Gaudium Press
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