O Papa Francisco presidiu, na tarde desta segunda-feira (19/03), na Basílica de São Pedro, o Rito de Ordenação de Bispos.
Três foram os presbíteros ordenados bispos pelo Santo Padre:
Mons. Waldemar Stanisław Sommertag da Diocese de Pelplin, na Polônia. Ele nasceu em 6 de fevereiro de 1968, em Więcbork (Polônia), e foi ordenado sacerdote em 30 de maio de 1993. Em 15 de fevereiro de 2018, foi nomeado Núncio Apostólico na Nicarágua.
Mons. Alfred Xuereb da Diocese de Gozo, Malta, que nasceu em 14 de outubro de 1958, em Gozo (Malta), e foi ordenado sacerdote em 26 de maio de 1984. Em 26 de fevereiro de 2018, foi nomeado Núncio Apostólico na Coreia e Mongólia.
Mons. José Avelino Bettencourt da Arquidiocese de Ottawa, Canadá). Ele nasceu em 23 de maio de 1962 em Azzorre (Portugal), e foi ordenado sacerdote em 29 de maio de 1993. Em 26 de fevereiro de 2018, foi nomeado Núncio Apostólico na Geórgia e Armênia.
A seguir, a homilia do Papa Francisco do Rito de Ordenação de Bispos.
Irmãos e filhos caríssimos, nos fará bem refletir atentamente a que responsabilidade eclesial são promovidos estes nossos irmãos.
Jesus Cristo nosso Senhor, enviado pelo Pai para redimir a humanidade, enviou ao mundo os doze Apóstolos, cheios do Espírito Santo, para anunciarem o Evangelho, e santificarem e conduzirem todos os povos, congregando-os num só redil.
E para que este ministério continuasse até ao fim dos tempos, os Apóstolos escolheram colaboradores, aos quais comunicaram o dom do Espírito Santo, recebido de Cristo, mediante a imposição das mãos, pela qual é conferida a plenitude do Sacramento da Ordem.
Assim, pela sucessão contínua dos Bispos, foi conservada, através das gerações, a tradição que vem desde o princípio, e a obra do Salvador perdura e cresce até aos nossos dias. Na pessoa do Bispo, rodeado pelos seus presbíteros, está presente no meio de vós nosso Senhor Jesus Cristo, o Pontífice eterno.
É Ele, Cristo Jesus, que, no ministério do Bispo, não cessa de anunciar o Evangelho e de oferecer aos crentes os mistérios da fé.
É Ele que, pelo múnus paterno do Bispo, acrescenta novos membros ao seu Corpo, que é a Igreja.
É Ele que, pela sabedoria e prudência do Bispo, vos conduz, ao longo da peregrinação terrena, para a felicidade eterna. Recebei, pois, com santa alegria, estes nossos irmãos, que nós, os Bispos aqui presentes, mediante a imposição das mãos agregamos ao nosso colégio episcopal.
Deveis honrá-los como ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus; a eles se confia o encargo de testemunhar o Evangelho da verdade e comunicar o Espírito e a santidade.
Recordem as palavras de Cristo aos Apóstolos: «Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos despreza, a Mim despreza, e quem Me despreza, despreza Aquele que Me enviou».
Quanto a vós, irmãos caríssimos eleitos pelo Senhor, recordem que fostes escolhidos dentre os homens e postos ao serviço dos homens nas coisas que dizem respeito a Deus:
“Episcopado” significa trabalho, não honra. Pois ao Bispo, mais do que presidir, tem obrigação de servir. Segundo o ensinamento do Mestre, o que é maior seja como o mais pequeno, e o que preside, como quem serve. Fujam da tentação de tornarem-se príncipes.
Proclamem a palavra, oportuna e inoportunamente; exortem com toda a paciência e doutrina.
Na oração e no sacrifício oferecido pelo povo a vocês confiado, procurem alcançar, da plenitude da santidade de Cristo, a multiforme riqueza de Deus.
A oração do bispo: a primeira missão do bispo. Quando as viúvas dos gregos foram lamentar-se com os apóstolos porque não se preocupavam muito com elas, reuniram-se e, com a força do Espírito Santo, inventaram o diaconato. E Pedro, quando explica isto, o que diz?: “Vocês façam isto, isto e isto; a nós, a oração e o anúncio da Palavra”.
Sejam fiéis dispensadores dos mistérios de Cristo na Igreja que Deus a vós confia; governem-a e guardem-a com paternal solicitude.
Escolhidos pelo Pai para cuidarem da sua família, tenham sempre diante dos olhos o Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e é conhecido por elas, e não hesitou em dar a vida pela sua grei.
Com amor paterno e fraterno, amem a todos quantos Deus confia ao cuidado pastoral de vocês, sobretudo os presbíteros e os diáconos, vossos colaboradores no ministério.
Mas também proximidade aos pobres, aos indefesos e a quantos têm necessidade de acolhida e de ajuda. Exortem os fiéis a colaborarem com vocês no trabalho apostólico e disponham-se a ouvi-los de bom grado. Sem fadiga, cuidem também daqueles que ainda não entraram no redil de Cristo, porque também esses foram a vocês encomendados no Senhor.
Não esqueçam que pertencem ao Colégio Episcopal, no seio da Igreja Católica, toda unida no vínculo da caridade; e não deixem de trazer convosco a solicitude por todas as Igrejas, sempre dispostos a levar ajuda às mais necessitadas.
Vigiem. Vigiem com amor todo o rebanho no qual o Espírito Santo vos constitui para regeres a Igreja de Deus. E isto, o façam em nome do Pai, de Quem na Igreja sois a imagem. E em nome do seu Filho Jesus Cristo, cujo múnus de mestre, sacerdote e pastor irão exercer; e em nome do Espírito Santo, que dá vida à Igreja de Cristo e fortalece a nossa fraqueza, com a sua própria força”.
Fonte:Vatican News
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