Era esperada a presença do cardeal Pietro Parolin para presidir a celebração, visto ter sido núncio na Venezuela antes de assumir o cargo de secretário de Estado do Vaticano. A viagem foi cancelada devido à pandemia de Covid-19.
A Sala de Imprensa da Santa Sé informou nesta quarta-feira, 28, que o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, não irá à Venezuela, como estava previsto, para a beatificação do “Médico dos Pobres” na próxima sexta-feira. A Missa será celebrada pelo núncio apostólico no país, Dom Aldo Giordano.
“Por motivos de força maior, principalmente ligados à pandemia de Covid-19 – diz a nota da Sala de Imprensa – o secretário de Estado não poderá mais viajar à Venezuela, como era seu desejo, por ocasião da beatificação do Venerável Servo de Deus José Gregorio Hernández, que terá lugar em Caracas no dia 30 deste mês”.
“O cardeal Parolin – acrescenta o comunicado – assegura a sua participação espiritual neste momento tão importante para a Igreja e para todo o país e faz votos que ele contribua para aprofundar a fé dos venezuelanos e a sua vida cristã, à imitação do novo Beato, para enfrentar juntos a crise humanitária e promover uma convivência plural e pacífica.”
Há muito é aguardada a beatificação deste médico muito estimado pelos venezuelanos pelo seu trabalho e dedicação aos mais pobres e a todos aqueles que dele precisavam. Foi um grande profissional médico, um cientista, um pensador e, sobretudo, uma fervorosa pessoa que acreditava em Deus, em quem colocou toda a sua sabedoria e sua atuação profissional e humana.
Formador de várias gerações de médicos que seguiram seu caminho, conhecedor lúcido da realidade venezuelana, nunca parou diante dos desafios, por mais difíceis que fossem, mas sempre os uniu à sua vocação de serviço a Deus.
Neste momento marcado pela pandemia de coronavírus, o anúncio de sua beatificação é um instrumento para “fortalecer a esperança” que ajudará a Venezuela a “superar este estado de privação e dificuldade que a população está vivendo, especialmente os mais pobres e marginalizados”, afirma a Conferência Episcopal da Venezuela.
Somente 150 pessoas poderão assistir à cerimônia de beatificação do médico venezuelano e não será na grandiosidade do Estádio Olímpico da Universidade Central da Venezuela, sua Alma Mater, mas na igreja do colégio La Salle, em Caracas, local que, segundo comentou a coordenadora da Comissão Nacional para a Beatificação, Albe Pérez, se encontra na zona da cidade onde José Gregorio Hernández desenvolveu grande parte do seu trabalho como médico, com especial atenção aos mais desfavorecidos.(fecatolica)
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