Por volta das 7h do último sábado, 20 de agosto, o Santuário Nossa Senhora de Fátima (Garcia) já começava a receber crianças e adolescentes que, a partir das 8h, participariam do Congresso Arquidiocesano dos Coroinhas. Motivados pelo tema central “Servir a Deus é servir ao próximo”, coroinhas e cerimoniários, com idades entre 8 e 25 anos, tiveram a oportunidade de refletir sobre a missão abraçada, bem como partilhar com aqueles que se dedicam diariamente ao serviço do altar em diversas paróquias da Sé Primacial da Igreja no Brasil.
A Santa Missa que abriu o Congresso foi presidida pelo vigário judicial do Tribunal Eclesiástico, padre Alberto Montealegre. “É através de vocês, é através do ‘sim’ de cada um que está aqui que as nossas comunidades paroquiais têm a garantia de que continuará evangelizando, de que continuará anunciando a Cristo, de que continuará fazendo o bem nas realidades onde elas se encontram. Por isso, a gente deve se perguntar: o que é que vocês procuram aqui hoje? É uma pergunta que Deus vos faz”, questionou o padre Alberto, passando, logo em seguida, o microfone para que os meninos e as meninas pudessem responder.
Logo após a Santa Missa, os participantes acompanharam a formação sobre o tema central, também conduzida pelo padre Alberto. De acordo com o assistente eclesiástico e coordenador da Pastoral dos Coroinhas, padre Anderson Freitas, este Congresso é uma oportunidade para promover a integração. “O nosso objetivo é congregar esses coroinhas, fazer com que eles, de fato, possam celebrar o dia deles, em homenagem a São Tarcísio, e, sobretudo, fazer com que eles tenham a experiência de encontrar com outros coroinhas, de animar a caminhada e perceber que não estão sozinhos, que o serviço deles é importante para a Igreja e que cada um e cada uma tem um lugar especial no coração do Senhor”, disse.
Para quem não sabe, existe uma diferença entre ser coroinha e ser cerimoniário, como explica o padre Anderson: “O coroinha está diretamente ligado ao altar do Senhor, levando os objetos que serão utilizados para a consagração; e o cerimoniário é aquele que vai cuidar da cerimônia, cuidar dos coroinhas durante a Liturgia”, afirmou. Segundo o padre Anderson, estima-se que na Arquidiocese de Salvador existem mais de três mil coroinhas e cerimoniários.
Um deles é Albert Lopes, coroinha na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Sete de Abril. “Eu sinto que esse evento é necessário para nós, principalmente no Mês Vocacional, para fortalecer a nossa fé, buscar o nosso caminho, a nossa orientação e nos ajudar a estar mais perto de Deus. Servir ao altar, para mim, é um privilégio, por que eu posso estar à serviço de Deus. É um total privilégio estar diante Dele”, afirmou.
“Assim como São Tarcísio, a gente busca defender a Eucaristia. Então, o nosso serviço é esse: amar a Deus sobre todas as coisas e estar em comunhão com todos nesse serviço maravilhoso”, disse a cerimoniária da Paróquia São José Operário, em Pernambués, Karine Nascimento.
Para que a realização deste Congresso fosse possível, a comissão responsável pela organização iniciou os preparativos em 2021. “A expectativa era de 500 coroinhas e alcançamos 850. O maior objetivo é fazer com que eles vivenciem a fraternidade de forma mais lúdica, para que seja despertado no coração de cada um o desejo de servir ao Senhor diante da realidade da nossa Igreja e da sociedade”, disse Gabriela Alves, membro da equipe organizadora.
O encerramento do Congresso dos Coroinhas 2022 aconteceu após a adoração ao Santíssimo Sacramento.
Fotos e texto: Sara Gomes/Arquidiocese de Salvador(BA)
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