Durante o ano de 2018, a Esmolaria Apostólica, que realiza um trabalho caritativo em nome do Papa, distribuiu cerca de três milhões e meio de euros aos pobres, sem distinções. Esses valores foram geralmente utilizados no pagamento de contas e aluguéis.
A origem desse tipo de caridade eclesial remete às primeiras comunidades cristãs, quando os diáconos eram designados para cuidar dos pobres. Anos mais tarde, os Papas confiaram essa tarefa caritativa a um personagem intitulado Esmoler (nome que apareceu pela primeira vez, no século XIII, em uma Bula de Inocêncio III. Daí surgiu oficialmente a Esmolaria Apostólica.
O Papa Leão XIII confiou à Esmolaria o poder de conceder a Bênção Apostólica através de pergaminhos. Com os recursos financeiros coletados pelos pergaminhos, unidos à outras doações, a Esmolaria ajuda, em nome do Santo Padre, a todos os que passam por dificuldades.
Os beneficiados normalmente são indicados por párocos de Roma e da Itália que escrevem ao Esmoler comprovando a necessidade. O Esmoler, por sua vez, envia ao pároco um cheque, que destina o valor do benefício para quem tem necessidade, acompanhado por um bilhete: “Doação do Santo Padre”.
Esse auxílio chega direto ao indicado pelo pároco, sem necessidade de se passar por qualquer tipo de associação ou entidade. Já as ajudas enviadas para outros países são solicitadas pelos Núncios Apostólicos espalhados pelo mundo.
Essas atividades caritativas são realizadas diariamente sem um serviço de divulgação. A Esmolaria mantêm refeitórios para os pobres; administra um ambulatório médico sanitário sob a Colunata de Bernini – dedicado à “Mãe da Misericórdia -, chuveiros e a barbearia para os sem-teto, além do dormitório na Via dei Penitenzieri, próximo ao Vaticano.
De acordo com o Cardeal Konrad Krajewski, atual Esmoler, a sua função é “esvaziar a conta do Santo Padre para os pobres, segundo a lógica do Evangelho”. (Gaudiumpress)
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