Pela primeira vez neste século, os devotos poderão chegar perto da imagem e tocar a cruz
Os devotos do Senhor do Bonfim que visitarem a Basílica Santuário entre os dias 22 de março e 21 de abril participarão de um momento especial na Arquidiocese de Salvador e, principalmente, na história do templo. Pela primeira vez neste século, a imagem original do Senhor do Bonfim será descida do altar-mor e poderá ser venerada de perto pelos fiéis que, inclusive, poderão tocar a cruz.
A exposição da imagem faz parte da Jornada de Veneração a Santa Cruz do Senhor do Bonfim. A abertura será marcada por uma Missa Solene, no dia 22 de março, que será realizada, às 9h. Após o rito de inauguração da Jornada, os fiéis poderão visitar a imagem que ficará na capela da Almas, próximo a sala dos milagres. O acesso a capela das Almas ocorrerá pelo lado direito da Basílica e os fiéis terão a oportunidade de passar, mais uma vez, pela Porta da Misericórdia, marco arquidiocesano do Ano da Misericórdia, realizado em 2016. É importante ressaltar que os fiéis terão acesso à imagem de segunda a quinta-feira e sábado, das 7h às 18h; às sextas e domingos, das 6h às 18h.
No dia 24 de março, quando acontece a Caminhada Penitencial (com um dos percursos que tem início na Basílica da Conceição da Praia e segue até o Bonfim), os devotos também poderão venerar a imagem ao longo de todo o dia. Um esquema de segurança foi organizado pela Basílica para a proteção da imagem. Também haverá uma equipe de acolhida e atendimento aos fiéis durante todo o período de funcionamento da Basílica.
A imagem original do Senhor do Bonfim voltará para o altar-mor (que está passando por uma restauração e será entregue nos próximos dias), no domingo de Páscoa, dia 21 de abril. Além de celebrar a ressureição de Jesus, a Basílica Santuário dará início às comemorações pelos 275 anos da chegada da imagem do Senhor do Bonfim que ocorrerá no dia 18 de abril de 2020. Para encerrar a Jornada será celebrada uma Missa campal às 17h.
Fato inédito neste século
Ao longo dos quase 274 anos da presença da imagem do Senhor do Bonfim em Salvador, foram poucas as vezes que os fiéis tiveram a oportunidade de chegar bem pertinho dela. De acordo com os registros da Devoção do Senhor do Bonfim, mantenedora da Basílica Santuário, a última vez que a imagem foi retirada do altar-mor para a veneração dos fiéis foi em 1996, quando a Arquidiocese realizou a abertura do Jubileu dos 2000 anos do nascimento de Jesus, no estádio da Fonte Nova.
Para o juiz da Irmandade, Francisco José Pitanga Bastos, a Jornada de Veneração a Santa Cruz do Senhor do Bonfim é um presente para a população baiana. “Imaginem o privilégio que está geração terá? Ter a oportunidade de tocar a cruz da imagem original do Senhor do Bonfim é um presente precioso. Não temos ideia de quando este fato se repetirá e se as próximas gerações terão a mesma chance”, ponderou o juiz.
O rito da adoração e do beijo a Cruz do Senhor
A Quaresma é o período litúrgico que teve início na Quarta-Feira de Cinzas e se estenderá por 40 dias. Este é um tempo em que os católicos se dedicam a oração, ao arrependimento e a conversão, tendo em vista a celebração do Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
O reitor da Basílica Santuário, padre Edson Menezes, explica que o termo “adoração” a cruz não se refere ao objeto sagrado e sim a Jesus que morreu na cruz e deu a vida por todos. “A adoração da cruz tem um belo significado, pois nos permite ‘entrar’ no mistério da morte de Jesus. Diante da cruz podemos reviver o momento de sua morte, estar aos pés da cruz, ajoelhar com aqueles que lá estavam (Maria, Madalena, João) e entrar na adoração, na dor, no senso de gratidão e no abatimento deles. Diante da cruz entendemos que o maior amor consiste em dar a própria vida por aqueles a quem a gente ama”, afirmou o padre Edson.
Por Sara Gomes/Arquidiocese de Salvador
Crédito da Foto: divulgação
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