Estudante de Teologia escreve artigo sobre efemeridade da vida e preparação para a morte. Confira!

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A Efemeridade da Vida e a Preparação para o Encontro Eterno:
Uma Reflexão Teológica sobre a Morte.
 
Autor: Júlio Neto;
Discente de Teologia pela Faculdade Dehoniana.
Coordenador da Pastoral Familiar do Regional RN3 (CNBB) de Bahia e Sergipe
 
Nesta breve peregrinação terrena, as nossas vidas assemelham-se a velas acesas, dançando sob a brisa do tempo, efêmeras e delicadas. Somos chamados a refletir sobre a celeridade desta existência, um tema que ressoa nas profundas reflexões de teólogos e santos católicos ao longo dos séculos.
 
A Efemeridade da Vida: Uma Perspectiva Teológica.
 
Santo Agostinho, em sua magistral obra “A Cidade de Deus”, ensina que não importa o quanto sofremos, mas sim, como sofremos. A brevidade da vida, conforme expressa em suas “Confissões”, lembra-nos da transitoriedade do tempo terreno e nos conduz a buscar repouso em Deus.
 
“A efemeridade da vida é a própria condição humana, e nela devemos buscar a eternidade.” – Santo Agostinho
 
Santos e Teólogos que Iluminaram o Caminho:
 
Além das inspiradoras palavras de Santa Teresa de Lisieux, São João da Cruz, São Roberto Belarmino, Santo Afonso Maria de Ligório, Adolphe Tanquerey e Santa Teresinha, não podemos esquecer a contribuição valiosa de outros luminares espirituais. Cada um, à sua maneira, enriqueceu o entendimento sobre a efemeridade da vida.
 
“Viver o momento presente com amor é viver a eternidade a cada instante.” – Santa Teresa de Lisieux
 
“A preparação para a morte é o caminho para uma vida eterna bem-aventurada.” – Santo Afonso Maria de Ligório, em sua obra-prima: “Preparação para a Morte.”
 
Preparação para a Morte e a Parusia:
 
São João Paulo II, ao abordar a preparação para a morte, exorta-nos a não temermos esse inevitável momento, pois a vida terrena é um prelúdio para a verdadeira vida que nos aguarda na presença divina. Nesse contexto, as palavras de São Francisco de Assis ressoam, recordando que, na hora derradeira, seremos julgados pelo amor.
 
“Na morte, a alma se apresenta diante do Amor, e o Amor é o único juiz.” – São Francisco de Assis
 
Ao mencionar a “parusia,” fazemos referência à segunda vinda gloriosa e definitiva de Cristo, um tema inserido no contexto da escatologia. Essa concepção, central na teologia católica, representa não apenas o término da história humana, mas o início da eternidade em comunhão com Deus.
 
O Pensamento de Jesus sobre o Encontro Eterno:
 
Numa abordagem mais teológica, recordemos as palavras de Jesus, registrado no Evangelho de João (11,25): “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”. Essa afirmativa de Cristo não só aponta o caminho da vida eterna, mas também convida à fé que transcende a efemeridade do presente.
 
Assim, diante da brevidade da vida, procuremos não apenas atravessar, mas iluminar o caminho com amor, fé e a sabedoria transmitida por santos, mártires e teólogos, que, ao longo da história, iluminaram nossos corações.
 
Com carinho,
 
Júlio Neto.
 
“Então, vereis o Filho do Homem vindo sobre as nuvens, com grande poder e glória.”

(Marcos 13,26).

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