Bispos baianos da Igreja Católica se reuniram com o governador Rui Costa, na última quinta-feira (18), para discutir sobre a realização de festas de fim de ano e o Carnaval 2022 em meio à pandemia de Covid-19.
Os líderes religiosos integram a Regional Nordeste 3, que é composta por líderes católicos da Bahia e de Sergipe, e faz parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Na carta, assinada por 23 religiosos, o grupo reforça a preocupação em relação às aglomerações geradas pelas comemorações. Eles alegam que as grandes aglomerações podem causar um aumento de casos de Covid-19 e consequentes óbitos. Eles ainda manifestaram apoio às medidas sanitárias adotadas pelo Governo do Estado.
A Igreja Católica na Bahia pontuou que, desde o início da pandemia, tem tomado iniciativas de colaboração com os órgãos públicos do Estado e dos municípios, mesmo prejudicando o trabalho pastoral realizado nas comunidades eclesiais.
“O sofrimento de nosso povo tem sido muito grande pelo elevado número de pessoas que foram contaminadas e principalmente de óbitos entre jovens, adultos e idosos”, escreveram os bispos diocesanos. Em outro trecho, enfatizaram o apoio às medidas sanitárias baseadas em dados científicos que visem à preservação da vida e à contenção responsável de possíveis novos casos.
No final da carta endereçada ao governador, os bispos pediram a intercessão de Santa Dulce dos Pobres e as bênçãos do Senhor do Bonfim “sobre todo o nosso povo e sobre aqueles que têm o dever de tomar as decisões em favor da vida e da saúde”.
Os bispos entregaram a carta ao governador e o senador Jaques Wagner (PT) também participou do encontro, no qual, além do governador, estavam Dom Josafá Menezes da Silva, arcebispo de Vitória da Conquista; Dom João Cardoso dos Santos, bispo de Bom Jesus da Lapa e presidente CNBB (Regional Bahia e Sergipe); e Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana.
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