Nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, tem início no Vaticano o conclave que escolherá o sucessor do Papa Francisco, falecido em 21 de abril. A cerimônia começou às 10h (horário de Roma) com a missa Pro eligendo Pontifice, celebrada pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re, na Basílica de São Pedro.
Às 16h30 (horário local), 133 cardeais com menos de 80 anos se reúnem na Capela Sistina para a primeira votação. A expectativa é de que entre 18h e 19h ocorra a tradicional “fumata” – branca, se houver consenso sobre o novo pontífice, ou preta, indicando que a decisão ainda não foi tomada.
O processo, conduzido sob absoluto sigilo, prevê até quatro votações por dia – duas pela manhã e duas à tarde – até que um cardeal alcance pelo menos dois terços dos votos (89). Entre os nomes mais citados como favoritos estão os italianos Pietro Parolin e Matteo Zuppi, o filipino Luis Antonio Tagle, o francês Jean-Marc Aveline e o brasileiro Dom Odilo Scherer.
Na manhã desta quarta-feira, por volta das 7h20, o bispo da Diocese de Itabuna, Dom Jailton de Oliveira Lino, concedeu uma entrevista especial à Rádio Morena FM, conduzida pelo jornalista Oziel Aragão, para comentar a importância histórica e espiritual deste dia para a Igreja Católica e para o mundo.
“Hoje é um dia muito especial para nós, católicos, e para toda a humanidade. Essa data representa a Igreja Católica, mas é um dia que representa uma boa parte do ouro do mundo. Lembremos do Papa Francisco, um dos grandes líderes que nós tivemos ultimamente. Ele representa todos aqueles católicos e não católicos. Por isso, é um dia particular para nós, e o mundo se volta para o Vaticano, para o início do Conclave. Hoje, queremos a Diocese toda aqui e em todo o mundo em um dia de Adoração ao Santíssimo Sacramento, com missas celebradas, pedindo a Deus que abençoe esse novo pastor que vai nos guiar nesses dias de Conclave”, disse o bispo.
Durante a entrevista, Oziel ressaltou a responsabilidade do Papa em conduzir o mundo inteiro, não apenas os católicos. Dom Jailton refletiu: “Quem for assumir como Papa deve estar consciente de que pode encontrar muitas novidades no caminho — e são novidades que podem ser interessantes ou dolorosas. É um chamado à coragem, sabedoria e fé para lidar com os desafios do mundo contemporâneo.”
Oziel também questionou ao bispo sobre a possibilidade de um conclave longo, como já ocorreu no passado. Em resposta, Dom Jailton esclareceu: “Eu acredito que será um Conclave muito breve por conta da reforma que fez o Papa João Paulo II. Os cardeais têm todos os dias de reunião durante o período de luto, que já são como um pré-conclave. Isso já os prepara para o Conclave e dá muita clareza na criação de um perfil de um homem que possa governar a Igreja nesse momento. Acredito que, no mais tardar, na sexta-feira, nós já teremos a fumaça branca.”
Quando questionado sobre a possibilidade de um Papa brasileiro, o bispo respondeu: “Nós temos 133 cardeais no Conclave. Os 133 são eleitores que podem ser eleitos. Temos 8 cardeais brasileiros com possibilidade real de eleição. Temos bons cardeais aqui no Brasil. Isso vai depender muito das conversas entre eles, dos perfis traçados nesses dias. E nós acreditamos que o Espírito Santo é aquele que conduz a Igreja. Há sim a possibilidade de um brasileiro ser eleito. Embora, pessoalmente, eu acredite que não será um latino-americano, porque acabamos de ter um. Mas nada impede que possa ser, inclusive um brasileiro.”
A eleição será anunciada com a tradicional frase “Habemus Papam”, seguida da primeira aparição pública do novo pontífice no balcão da Basílica de São Pedro.
A cobertura ao vivo pode ser acompanhada pelo canal oficial do Vaticano no YouTube e por outros veículos de Comunicação.
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