Na tarde desta segunda-feira, 21 de abril, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou uma coletiva de imprensa, na sede da instituição, em Brasília (DF), para comentar oficialmente a morte do Papa Francisco, ocorrida nas primeiras horas do dia, no Vaticano.

Conduzida pelo secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, a coletiva contou também com a participação do núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro; do assessor de Comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues; do subsecretário adjunto-geral, padre Leandro Megeto; e do conselheiro da Nunciatura, monsenhor Gabriele Pesce.

Durante o pronunciamento, dom Ricardo destacou o legado pastoral, social e espiritual deixado por Francisco, que esteve à frente da Igreja Católica desde 2013. “Unimo-nos em oração e gratidão por tudo o que o Papa Francisco representou para a humanidade, especialmente pelo seu testemunho de humildade, fé e justiça”, afirmou.

Um dos momentos mais emocionantes da coletiva foi a leitura do testamento deixado por Francisco, no qual o pontífice expressa seu desejo de repousar na Basílica Papal de Santa Maria Maior, local que frequentava ao início e ao fim de cada viagem apostólica. “Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano”, escreveu ele, reforçando sua devoção à Mãe de Deus.

O Papa também deixou claro que sua sepultura deve ser simples, sem ornamentos ou decoração especial. “O túmulo deve ser no chão; simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus.” Francisco solicitou que seus restos mortais sejam colocados entre a Capela Paulina e a Capela Sforza da Basílica, e informou que as despesas da preparação da sepultura seriam cobertas por uma doação previamente destinada por ele.

Outro ponto abordado na coletiva foi a nova edição do livro litúrgico Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, aprovada por Francisco em abril de 2024, que reformulou os ritos funerais papais para torná-los mais simples e acessíveis, em sintonia com sua visão pastoral.

Ao final da coletiva, que se encerrou por volta das 15h30, foi realizada uma prece pela alma do Papa Francisco, em sinal de respeito, comunhão e gratidão por seu ministério à frente da Igreja. 

A transmissão ao vivo foi acompanhada por milhares de fiéis pelas redes sociais oficiais da CNBB (@cnbbnacional).