“IGREJAS DE PORTAS FECHADAS? Nesses dias em que estamos vivendo o pico mais agressivo de transmissão do Coronavírus, sobretudo em razão das novas variantes que já estão entre nós, urge a necessidade de ficar em casa, evitar circulação desnecessária e qualquer tipo de aglomeração.
Sem medir a extensão do bem maior, alguns defendem que seria “prudente” manter as igrejas de portas fechadas. Há uma esperança, nesses que defendem fechar as igrejas, que todos os outros ambientes para onde acorrem certo número de pessoas também vão fazer o mesmo. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja não é um comércio, é um lugar de oração e fortalecimento espiritual. É o lugar que para muitas pessoas promove a revitalização das forças. Nos esquecemos também que durante toda a história (desde a sua fundação em Cristo) a Igreja foi mãe, pedagoga e terapeuta que acalmou a população em momentos de turbulência; em meio aos desafios da pós-modernidade a Igreja tem sido promotora da paz no mundo e sinal de fraternidade entre os povos. A experiência que vivemos e representamos, desde a Antiguidade, através dos vários símbolos e sinais que interpretamos, nos impulsiona na aventura da vida. O ser humano representa e conhece através dos símbolos e sinais existentes no mundo.
Desde a sua origem o ser humano sacralizou uma parte desses símbolos e sinais; dessa forma, instituiu sinais sagrados. A igreja (templo) é um dos sinais sagrados da presença de Deus entre nós. Para nós, crentes, a igreja simboliza a Casa de Deus, o lugar sagrado onde experienciamos a presença mais intensa de Deus, uma intimidade confortadora da presença de Deus. Por isso, diariamente tantas pessoas acorrem aos templos para rezar, meditar e falar com Deus.
O risco de contágio não só existe como está altíssimo em todos os lugares. Devemos tomar cuidado para não nos contaminarmos e contaminar os nossos irmãos, mas se as nossas igrejas fecharem as portas, o único sinal de esperança para o povo começa a desaparecer. Muitos terão o sentimento de abandono; como se Deus tivesse “abandonado” ou “esquecido” o seu povo. Que a nossa fé alimente a nossa esperança de superação deste momento difícil para todos”, afirmou Dom José Edson.
Foto: Pascom/Diocese de Eunápolis(BA)
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