A vigilância de nossas vidas está em alta, ultimamente, nos Municípios, Estados, País e, como ela se faz importante, também está em alta no Mundo. Nunca se ouviu falar nesta vigilância como neste último ano. Ela se tornou algo “sagrado”, que dita normas e vigia a conduta humana. É usada como um meio de salvação: “salvar vidas”. Diz-se, sem medo, que as pessoas vão salvar suas vidas por observar tudo o que ensina a “sacra vigilância”. Deste modo, ela se tornou essencial na vida dos homens? E suas normas ainda não conseguiram conter as milhares de mortes crescentes a cada dia em todo o mundo?
Ora, pois! Uma única realidade carece à “sacralidade” para ela conseguir ser realmente essencial para salvar vidas, falta o mais importante que é a dimensão transcendental. Isso mesmo! Salvar a vida para a própria vida não tem nenhuma dimensão transcendental.
O transcendente é o essencial para nossa vida. Salvar a vida, da vida, é o que o homem é chamado a fazer para depois tender ao seu eterno. Tem que se perguntar que impacto tem sua vida na sua própria vida? Em que você está se tornando sendo você mesmo? Aqui a vida que é aparente é aquela que tem uma dimensão transcendental, que busca o eterno.
Qual é a vida que devemos salvar? A vida que se faz próxima de nós mesmos, esta sim, deve ser salva por nós. Esta é a realidade que se impõe sobre nós: salvar a vida. Pois Deus está lá onde nos encontrará. Essa é nossa realidade.
Enquanto caminhamos neste itinerário vamos encontrar muitas pessoas que se dizem importantes para salvar as vidas das pessoas, mas não conseguem salvar suas próprias vidas. A vigilância pode ditar regras, vigiar a conduta humana e decretar estado de calamidade pública, porém não consegue ser essencial para salvar a vida do homem na sua integralidade: salvar a alma. É uma instituição que caminha com as regras, as normas e os decretos. É um caminho solitário que tem a finalidade na própria observância da lei.
Nós, os Cristãos tão vilipendiados pela tentação da lei, a qual nosso Mestre já rechaçou, caminhamos com Jesus Cristo, nosso Salvador. Caminhamos sim, vigilantes, porém como o próprio Jesus nos ensinou quando acrescenta a esta vigilância o que é essencial à nossa vida: a oração: “orai e vigiai”.
Podemos encerrar esta confissão de quem não aguenta mais ouvir: “fica em casa”, “passe álcool em gel nas mãos”, “use máscara”, “respeite o distanciamento”, “quarentena”, “‘lockdow’”, pois em um ano de “pandemia política”,
usando o “vírus chinês” (“coronavírus”, o Covid-19), como manobra para ganhar a política comprando os pobres com cestas básicas, contratando sem licitação e forçando o Governo Federal pagar “Auxílio Emergencial”, os governantes não conseguiram fazer UTIs e agora querem que a população pague, outra vez, pela má administração pública. Já basta tudo isso! Uma passagem da Sagrada Escritura nos esclarece o que está acontecendo: “Os vossos adversários são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvidos. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus, escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta” (cf. 1 Jo 3,22-4,6). Assim, eu vos falo e espero que “Quem conhece a Deus escuta-nos”: a vigilância NÃO SALVA ALMAS, ela tenta salvar vidas para esta vida; quem salva almas é Jesus Cristo, “agindo sacramentalmente na e pela sua Igreja” (cf. CIC, 846).
Por:Padre Joacir d’Abadia, filósofo autor de 15 livros, especialista em Docência do Ensino Superior, amante de Jesus Cristo
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