O amor é a linguagem mais poderosa e transformadora que existe. Todavia, o melhor discurso é, sem dúvida, a linguagem do amor. Porque ela é a única que pode mudar o mundo, que pode transformar as pessoas, que pode nos fazer ver a vida com outros olhos. Ela é a chave que abre todas as portas para os dos e talentos, que nos leva a lugares onde nunca imaginamos chegar. Ela é o amor em sua forma mais pura e verdadeira. E, por isso, devemos sempre falar a linguagem do amor, em todas as ocasiões e circunstâncias. Ao longo da história, inúmeras pessoas inspiradoras, como os pensadores e poetas, nos mostraram isso.
Marguerite Yourcenar, escritora francesa-belga, 1903-1987), afirmou “eu sou apenas uma, mas a uma multidão que me habita”. Somos todos feitos de muitas camadas, e o amor nos ajuda a explorar e aprofundar essas camadas, para que possamos nos conectar uns com os outros de uma forma mais autêntica e significativa. Sua obra mais famosa, “Memórias de Adriano”, foi escrita em 1951 e reflete sua sabedoria e profundidade.
“O silêncio é uma forma de resolução de conflitos”, disse o historiador britânico, Peter Burke (nascido em 1937), um estudioso da história cultural europeia, e seus trabalhos, como “A Escrita da História: Novas Perspectivas”, escrito em 1978, exploram como as sociedades se comunicam e se relacionam. Quando estamos em conflito com alguém, muitas vezes achamos que precisamos falar mais alto para sermos ouvidos. Mas o amor nos ensina a ouvir e a respeitar o outro, mesmo quando não concordamos com ele. Às vezes, o silêncio é a melhor forma de demonstrar amor e compreensão.
Friedrich von Schiller (1759-1805), poeta e dramaturgo alemão, nos lembrou que até mesmo nossos inimigos podem nos ensinar coisas importantes. “O inimigo mostra-me o que posso fazer; o amigo, o devo”. O amor nos permite aprender com aqueles que pensam diferente de nós, e a ver a beleza nas diferenças. Quando amamos alguém, queremos compreender suas perspectivas, e isso pode nos ajudar a crescer como indivíduos e como sociedade.
Schiller foi uma figura importante do Iluminismo alemão, e suas obras, como “A Conjuração de Fiesco” (1783) e “A Donzela de Orleans” (1801).
O sacerdote e escritor francês, Michel Quoist (1921-1997), disse que “A pessoa que nunca errou foi aquela que nunca fez coisa alguma”. Todos cometemos erros, mas é o amor que nos ajuda a aceitá-los e a aprender com eles. O amor nos ensina a ser gentis e compassivos com nós mesmos e com os outros, e a encontrar beleza e significado mesmo nas situações mais difíceis.
Quoist dedicou sua vida à Igreja Católica e à escrita, e suas obras, como “Orações” (1954) e “Tempo para Viver” (1969), são apreciadas por muitos pela sua profundidade e inspiração.
Esses quatro grandes pensadores nos ensinam que o amor é a chave para a resolução de conflitos, a aceitação da diversidade, e a compaixão pelos outros e por nós mesmos. Quando falamos a linguagem do amor, podemos construir relacionamentos mais fortes e significativos, e criar um mundo mais amoroso e pacífico.
A linguagem do amor é o discurso mais nobre e verdadeiro que pode existir, pois ela tem o poder de alcançar o ser humano em todas as suas diversas maneiras de expressar o seu talento, como um livro para ser lido, uma visita a uma biblioteca, um resumo de uma página de jornal, a partitura de uma letra de música, uma canção, uma peça de teatro, um jogral poético, uma roda de poesia, e outras formas de arte e cultura. É a palavra que toca o coração, que acalma a alma e que acende a chama da paixão. É a voz que ecoa na mente, que alimenta os sonhos e que nos faz acreditar na felicidade. Assim, não há nada mais poderoso do que o amor e a sua linguagem.
Texto e foto: Padre Joacir d’Abadia, Filósofo, autor de 16 livros, Especialista em Docência do Ensino Superior, Bacharel em Filosofia e Teologia, Licenciando em Filosofia, Professor de Filosofia Prática. Acadêmico: ALANEG, ALBPLGO, AlLAP, FEBACLA e da “Casa do Poeta Brasileiro – Seção Formosa-GO”_ Contato: (61) 9 9931-5433 | Segue lá no Instagram: https://www.instagram.com/padrejoacirdabadia/
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