PAPA FRANCISCO ACOLHE RENÚNCIA DE DOM LUIZ ANTÔNIO GUEDES E NOMEIA NOVO BISPO PARA CAMPO LIMPO (SP)

Acolhendo o pedido de renúncia de dom Luiz Antônio Guedes, o Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 14 de setembro, o padre Valdir José de Castro, da Pia Sociedade de São Paulo, como bispo de Campo Limpo (SP).

Padre Valdir José de Castro

Nasceu em 14 de fevereiro de 1961, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), diocese de Piracicaba. Possui licenciatura em Filosofia e graduação em Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul e bacharelado em Teologia pelo Instituto Teológico de São Paulo (ITESP).

Licenciou-se em Teologia com especialização em Espiritualidade, na Universidade Gregoriana (Roma); Também é licenciado em Comunicação pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero (SP) e possui doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Fez sua primeira profissão religiosa na congregação Sociedade de São Paulo (Paulinos) em 11 de fevereiro de 1981 e a profissão perpétua em 25 de outubro de 1987. Foi ordenado sacerdote em 12 de dezembro de 1987.

Após sua ordenação sacerdotal, ocupou os seguintes cargos: formador de aspirantes (1987-1990), mestre dos novatos (1997-2000), conselheiro provincial da província do Brasil (1996-2004), vigário provincial (2000-2004), formador de juniores (2006-2007), diretor geral de Apostolado (2001-2006), provincial da província Argentina-Chile-Peru (2006-2010), diretor da Faculdade de Comunicação (FAPCOM) (2012-2015), provincial do Brasil (2012-2015) e superior geral da Pia Sociedade de São Paulo (2015-2022).

Novo bispo emérito

Nascido em Mogi-Mirim, a vocação de dom Luiz foi despertada logo cedo. Com 12 anos ingressou no seminário diocesano em Campinas, no interior de São Paulo, depois de brincar muito de celebrar a Santa Missa em sua infância.

Ordenado padre em 1972, o então sacerdote Luiz ficou conhecido pela sua dedicação e simplicidade nas paróquias por onde passou. Com 24 anos de sacerdócio, o padre Guedes recebeu a notícia que o Papa João Paulo II o havia escolhido para ser bispo da Igreja.

A sua ordenação como bispo aconteceu na catedral de Campinas em 9 de março de 1997, contando com numerosa presença de amigos, familiares. Ele escolheu como lema episcopal um versículo da Segunda Carta a Timóteo: “Sei em quem acreditei” (2 Tm 1,12).

Dentre as diversas atividades que realizou com bispo-auxiliar de Campinas, tem destaque a preparação d0 XIV Congresso Eucarístico Nacional que aconteceu, no ano de 2001, evento do qual foi o secretário-geral. Não demorou muito para que dom Luiz deixasse a arquidiocese de Campinas. Em 2001, o Papa João Paulo II o enviou para ser o bispo da diocese de Bauru, no interior do Estado.

Como bispo de Bauru, ficou conhecido pelo incentivo na formação pastoral proporcionada ao clero, aos religiosos e seminaristas e em sua atuação como bispo referencial para a Pastoral Vocacional do Regional Sul 1, além de ser o referencial para a Pastoral Operária Nacional, mostrando aí seus dons conciliadores. Descrito por muitos como uma pessoa extremamente generosa, recebeu por sua atuação o título de cidadão Bauruense, com votação unânime da Câmara Municipal no ano de 2004.

Dom Luiz permaneceu na diocese de Bauru até 2008, quando foi escolhido pelo então papa Bento XVI, para governar a diocese de Campo Limpo, sucedendo o primeiro bispo, dom Emílio Pignoli. A posse aconteceu em 27 de setembro de 2008, na catedral Sagrada Família.

Desde que chegou à diocese de Campo Limpo, dom Luiz sempre se mostrou atento a escutar a Igreja Particuular como um ponto de partida para o caminhar da ação pastoral e evangelizadora que buscou implementar. Considerado zeloso, paciente, solidário e participativo cumpriu bem sua missão no pastoreio às dioceses por onde passou.

Saudação da CNBB ao monsenhor Valdir José de Castro


Estimado Monsenhor Valdir José de Castro, 

Com alegria, recebemos a notícia da escolha do Santo Padre, o Papa Francisco, pela sua nomeação como novo bispo da Diocese de Campo Limpo, em São Paulo. Queremos também o acolher como novo membro desta Conferência Episcopal. 

Rogamos a Deus que o ilumine nesta nova missão confiada pela Igreja e, como contribuição para o início de seu ministério episcopal, abençoe o seu itinerário e a sua caminhada junto ao povo. 

Gostaríamos de destacar, para incentivá-lo, as palavras do Papa Francisco proferidas, em referência aos conselhos que o apóstolo Paulo dá ao jovem bispo Timóteo, em um encontro com bispos na casa Santa Marta, em setembro de 2020:

“Os bispos estejam próximos a Deus com a oração, a seus sacerdotes, próximos entre si e, por fim, ao povo de Deus.

Que o exemplo de amor perfeito da Sagrada Família, a quem o patrocínio de sua futura diocese está confiado, o inspire na missão.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Agradecimento da CNBB a Dom Luiz Antônio Guedes


Estimado Dom Luiz Antônio Guedes,

Ao iniciar esta nova etapa de seu ministério episcopal, como bispo emérito, receba os nossos cumprimentos repletos de gratidão pelo seu ministério dedicado à Igreja, especialmente no Estado de São Paulo.  

O sonho de menino de celebrar missas não apenas se materializou como rendeu numerosos frutos por onde o senhor passou em seu ministério em Campinas, Bauru e Campo Limpo.

Às vésperas do XVIII Congresso Eucarístico Nacional, a ser realizado pela arquidiocese de Olinda e Recife, em novembro próximo, rendemos graças ao seu contributo na organização do XIV Congresso Eucarístico Nacional vivido em Campinas (SP) no ano de 2001 e, em razão dele, ao fortalecimento desta jornada em torno do Eucaristia.

Nossa Senhora Aparecida, Rainha e padroeira do Brasil, continue a ser intercessora, companheira e guia em seu ministério. 

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

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