A história do culto ao Divino Espírito Santo se confunde com a própria história da Igreja. Somos envolvidos e movidos pelo Espírito prometido por nosso Senhor, e muitos são os milagres que, em todos os tempos, revelam a presença sempre terna dessa Pessoa da Santíssima Trindade.
Sabemos que, em Pentecostes, que este ano será celebrado em 5 de junho, celebramos a descida do Espírito sobre os Apóstolos, a Virgem Maria, algumas mulheres e outros discípulos: essa Solenidade marca o nascimento da Igreja. Assim, as preparações populares para esse importante dia começam muito antes e fazem parte não só do nosso calendário, mas da nossa identidade cristã.
São tão variados os modos de se preparar para Pentecostes quanto as pessoas que participam das celebrações. Certamente, uma das mais tradicionais no Brasil é a Festa do Divino Espírito Santo.
A difusão do culto ao Divino Espírito Santo data do século XIV, em Portugal. No Brasil, esse momento festivo foi sendo transformado de acordo com os costumes e culturas de cada região, com suas cores e nuances próprias. Ela é uma das devoções populares mais antigas no catolicismo, com suas maiores manifestações em cidades como Pirenópolis (GO) e Paraty (RJ).
Essas festas são concebidas por meio de um trabalho comunitário, demonstração do Espírito que congrega todos na fraternidade. Nesse tempo, as comunidades e famílias se reúnem para preparar e celebrar esse evento marcante. Isso se dá de formas diversas: procissões, peregrinações, com músicos e cantores pelas ruas da cidade e orações de novenas. Além disso, a famosa bandeira do Divino, que exibe a pomba retratada em diversos estandartes, é levada de casa em casa, visitando os fiéis e difundindo a devoção ao Espírito Divino.
O Santo Espírito é assim apresentado como o Consolador, que infunde o espírito comunitário e a caridade divina na relação entre o Pai e o Filho. A festa é a celebração da comunidade solidária, do pertencimento pela Tradição e a fé.
Como graça, recebemos, do Espírito, os seus sete dons: sabedoria, inteligência, conselho, fortaleza, conhecimento, piedade e temor de Deus. É assim que o Espírito Santo nos beneficia, concedendo-nos forças para além de nossas capacidades e transformando-nos em instrumentos especiais de Deus neste mundo. Esses dons, infundidos na humanidade, são manifestação da obra do Senhor que edifica a Igreja em sua missão.
Para esse tempo de preparação para os festejos do Divino, a Edições CNBB apresenta o subsídio “Novena de Pentecostes”, cujo propósito é convidar as comunidades a rezar, cantar e experimentar esse tempo de graça. Iluminados pelas meditações do Papa Francisco, o livro traz um roteiro detalhado e de fácil compreensão para a celebração de cada encontro da Novena.
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Imagem: www.agenciabrasilia.df.gov.br
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