Beatificado em 2002 por João Paulo II, o leigo italiano será canonizado
No último domingo (09) foi aprovada a canonização de Artemide Zatti, um leigo italiano de Boretto no Vale do Pó, onde nasceu em 1880. Aos 17 anos sua família emigrou para a Argentina, em Bahia Blanca. João Paulo II beatificou Artemide Zatti em 2002, e o milagre reconhecido para a canonização é de 2016. O milagre dizia respeito à cura de um filipino de Tanauan Batangas, que estava morrendo de um grave derrame isquêmico na cabeça, agravado por uma forte hemorragia. A família não tinha meios para operá-lo e levou-o para casa no dia 21 de agosto, mas no dia 24, de repente ele retirou seu tubo gástrico nasal e oxigênio e pediu para comer. Seu irmão, um coadjutor salesiano em Roma, havia pedido a sua recuperação no mesmo dia em que tinha sido internado no hospital e começou a rezar pela intercessão do Beato Artemide Zatti.
O martírio de dois sacerdotes
A coragem e a fé até derramar sangue e aquele tipo de ódio que torna desumano se contrapõem nas histórias dos mártires e futuros beatos Giuseppe Bernardi e Mario Ghibaudo, ambos sacerdotes, que se viram envolvidos em uma das horríveis páginas que as guerras são capazes de produzir. Vítimas da Segunda Guerra Mundial, padre Giuseppe Bernardi tentou mediar a troca de prisioneiros em um vilarejo no norte da Itália, mas foi morto pelos nazistas e o pároco padre Mario Ghibaudo foi dar a extrema unção a um soldado alemão, mas foi visto pelos nazistas que o mataram com tiros e punhaladas.
Os novos Veneráveis
Os decretos (site da Congregação para as Causas dos Santos) assinados pelo Papa Francisco também reconhecem as virtudes heroicas de sete Servidores de Deus, agora considerados Veneráveis pela Igreja.
O bispo espanhol Martino Fulgenzio Elorza Legaristi, nascido em 1899, da Congregação da Paixão de Jesus Cristo, construiu literalmente as almas e a casa de Deus no território peruano a ele confiado, em um contexto de pobreza e grande ignorância religiosa.
O bispo Francesco Costantino Mazzieri, dos Conventuais Menores, originário de Abbadia di Osimo (1889), também era missionário. Em 1930, sentindo-se chamado a evangelizar longe da Itália, foi enviado com seis coirmãos ao que hoje é a Zâmbia, no distrito de Ndola (então Rodésia do Norte), uma colônia britânica. Viveu ali por 36 anos.
Entre os nomes dos novos Veneráveis também incluem fundadoras de institutos religiosos. Lucia Noiret (nascida em 1832 na França) fundou a Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus sob a proteção de São José.
A religiosa Casimira Gruszczyńska nasceu em 1848 em Kozienice (hoje Polônia), onde passou toda a sua vida até sua morte em 1927. Em 1882 fundou a Congregação das Irmãs dos Enfermos, dedicada ao cuidado dos doentes e sofredores, sujeita à Regra da Ordem Terceira Franciscana, que dirigiu durante 45 anos, embora ao mesmo tempo pertencesse à Congregação das Irmãs Mensageiras. Em 1922, Pio XI lhe concedeu a medalha “Pro Ecclesia et Pontifice”.
A outra venerável é a espanhola Aurora Calvo Hernández-Agero, nascida em 1901, viveu toda sua vida em Béjar. Era catequista e tentou de todas as maneiras aprofundar sua vida interior com intensidade e cuidado, consagrando-se à Virgem Maria e demonstrando uma grande paixão pelos exercícios espirituais. Com saúde precária, morreu de broncopneumonia em 1933.
Enquanto que Rosalia Celak, originária de Jachówka, onde nasceu em 1901, viveu sempre na Polônia. Ela queria se consagrar e em 1927 entrou nas Clarissas em Cracóvia, mas sua saúde frágil a impediu de permanecer ali. Trabalhou em um hospital até sua morte se dedicando aos doentes. No período final de sua vida, sua fé uniu-se em união mística com Jesus
A terceira leiga cujas virtudes heroicas foram reconhecidas é a italiana Maria Aristea Ceccarelli que nasceu em Ancona, em 1883, em uma família que não a amava. Sofreu muito quando criança e foi obrigada a se casar. Mas as violências continuaram com a família do marido. Doente veio a Roma com o marido e se dedicou aos doentes.
Fonte: Arquidiocese de Curitiba
Foto: Reprodução
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