Esta é a primeira vez que um Sínodo começa descentralizado e, sem dúvida, será o maior processo de consulta democrática na história da Igreja
Neste mês de outubro, a Igreja Católica Apostólica Romana inicia o caminho sinodal, que culminará com o Sínodo dos Bispos em outubro de 2023. Este percurso de três anos está articulado em três fases, que são a diocesana, a continental e a universal. Assim, em todo o mundo, no dia 17 de outubro (domingo), estará sendo aberta a etapa diocesana que, na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, a Primaz do Brasil, contará com a Missa presidida pelo Cardeal Dom Sergio da Rocha, às 10h, na Catedral Basílica do Salvador (Praça Quinze de Novembro, s/n, Terreiro de Jesus).
O Sínodo será o maior processo de consulta democrática na história da Igreja, como tem desejado o Papa Francisco desde o início do pontificado. Na fase diocesana, que é a da escuta, leigos e leigas, religiosos e religiosas, padres, bispos, cardeais e missionários farão um processo de discernimento sobre a sinodalidade da assembleia. Isto acontecerá em cada arquidiocese e diocese.
Esta é a primeira vez que um Sínodo começa descentralizado, desejo expressado pelo Santo Padre, em 2015, quando a instituição (o Sínodo) completou 50 anos. Este ano, no Vaticano, a abertura aconteceu nos dias 9 e 10 deste mês. Para facilitar a participação de todos, a Secretaria do Sínodo enviou um texto preparatório acompanhado de um questionário e um vade-mécum com as propostas para a realização da consulta.
Ainda como parte da preparação, o bispo diocesano ou o Arcebispo, como é o caso da Arquidiocese de Salvador, nomeou um responsável para acompanhar a consulta. Nesta que é a Sede Primacial da Igreja no Brasil, foram nomeados o Vigário Episcopal para a Pastoral, padre Edson Menezes da Silva; e o secretário arquidiocesano de Pastoral, padre Ailan Simões Costa.
De acordo com o padre Edson, o objetivo central da fase diocesana é “favorecer um amplo processo de escuta nas Igrejas Particulares, recolhendo as experiências de comunhão e de participação vividas, bem como a contribuição necessárias neste momento de apelo à conversão pastoral em chave ‘missionária e também ecumênica’”, afirma.
Por: Sara Gomes/Arquidiocese de Salvador (BA)
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