Foi dom Belmiro Cuica Chissengueti, durante a missa campal deste domingo (11), quem lembrou da façanha dos jovens do país: “Angola tem sido a delegação africana mais numerosa nas últimas JMJs. Temos aqui uma grande família de frequentadores das jornadas”. A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora vão percorrer as dioceses do país até o próximo dia 18 de agosto.
A peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude 2023 está prestes a chegar na Paróquia de São Paulo, em Luanda, capital da Angola. O itinerário espiritual começou na quinta-feira (8), quando a Cruz e o ícone de Nossa Senhora foram recebidos no país, e continua até 18 de agosto quando retornam à sede da JMJ, em Lisboa, Portugal.
Na sexta-feira (9), o início da peregrinação em Angola foi marcado com uma missa celebrada na Igreja da Sagrada Família, presidida por dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST). O arcebispo comentou que os símbolos que o país acabava de receber estão carregados de histórias, emoções e fortes experiências de fé, marcadas por encontros luminosos na vida de milhares de fiéis ao longo dos anos e de percursos nos diferentes continentes do mundo.
E, sobretudo, na vida dos jovens, a quem o prelado fez um apelo para que continuem seguindo as pegadas de Cristo:
A missa campal em Luanda
A peregrinação da Cruz e do Ícone Mariano em Angola vai continuar em diferentes dioceses angolanas, mas não em todas, devido a questões ligadas ao transporte e conservação. Os bispos, então, convidam os fiéis a se deslocarem para as sedes mais próximas para conseguir realizar o itinerário espiritual, numa oportunidade para poder olhar, tocar e contemplar os símbolos da JMJ que peregrinam no país, à imitação da caminhada espiritual de Maria, a primeira cristã que acreditou em tudo o quanto lhe foi dito da parte do Senhor Deus. Como aconteceu neste domingo (11), na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, com uma missa campal no Seminário Maior do Sagrado Coração de Jesus, em Luanda.
Dom Belmiro Cuica Chissengueti, bispo de Cabinda e presidente da Comissão Episcopal da Juventude, Vocações, Pastoral Universitária e Escotismo celebrou a missa diante de centenas de jovens e destacou a estreita ligação de Angola com a Igreja de Portugal que levou a fé cristã através dos missionários. Mais de 500 anos depois, disse ele, “continuamos unidos nesses mesmos laços de fé que superam o tempo e a história”. E dom Belmiro acrescentou:
Na homilia, o prelado também disse que a peregrinação dos símbolos da JMJ por terras angolanas é mais uma oportunidade para a renovação da fé e do compromisso missionário de cada cristão. Os jovens de Luanda foram convidados a rezar sem perder a paciência nem a esperança de viver, pedindo pelo fim da pandemia e também da crise social e econômica que há mais de 7 anos assola o país, numa conjuntura agravada pelo desemprego desenfreado da juventude. Dom Belmiro, então, insistiu para que tenham a consciência do bem comum e ajudem na melhoria da condição de vida de todos e que, juntos, com a força do Evangelho, lutem contra a gangrena da corrupção, o grande mal que ameaça o nosso tempo e a nossa história.
A Igreja Católica em Angola também se prepara para realizar, em todas as dioceses, entre 13 e 15 de Agosto, as respectivas Jornadas da Juventude, bem como a abertura, na diocese de Benguela, da III Jornada da Juventude Ombaka 2022, que acontece em agosto do próximo ano.
A peregrinação em Portugal, Espanha e Polônia
Já em Portugal, a Cruz peregrina e o Ícone mariano “Salus Populi Romani” vão percorrer as 21 dioceses do país entre novembro de 2021 e julho de 2023, permanecendo um mês em cada uma delas. Porém, também está prevista uma peregrinação nos meses anteriores pela Espanha e Polônia. Em 2022, destaque para o itinerário espiritual dos símbolos que acontece entre os dias 4 e 7 de agosto durante a Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela.
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