A última semana de fevereiro foi de retiro individual em oração com os Exercícios Espirituais de Quaresma. Já nesta segunda-feira (1), o Papa Francisco começa o mês de março cumprindo agenda no Vaticano, na semana que também marca o retorno das viagens apostólicas internacionais com a visita ao Iraque a partir de sexta-feira (5).
Uma das audiências oficiais do dia foi com uma delegação do Centro Franciscano de Solidariedade da cidade italiana de Florença. Em discurso, o Papa começou recordando o “precioso serviço de escuta e de proximidade” da associação realizado há quase 40 anos com famílias que se encontram em condições econômicas e sociais difíceis, e com pessoas idosas ou deficientes que precisam de apoio e companhia.
A proximidade às feridas humanas
Francisco, então, comparou o trabalho da associação à obra de Jesus neste mundo, já que Ele veio para anunciar o Reino do Pai e “se aproximou com compaixão das feridas humanas”, disse o Papa, ficando “próximo especialmente dos pobres, dos marginalizados e descartados, dos desencorajados, dos abandonados e dos oprimidos”:
Uma obra inspirada em São Francisco de Assis
A associação italiana, que nasceu em 1983, deu vida a uma iniciativa das Ordens Franciscanas Seculares de Florença pertencentes às três famílias de Frades Menores, Conventuais e Capuchinhos, com um trabalho de caráter assistencial para ajudar as pessoas com dificuldades tanto material como espiritual. De fato, atualmente eles coletam e distribuem roupas usadas, oferecem um centro de escuta e dão apoio a idosos e deficientes no espírito do amor fraterno típico de São Francisco.
O Papa, no discurso, recordou justamente a inspiração da associação no “testemunho luminoso” do Pobrezinho de Assis, “que praticou a fraternidade universal” e “em todos os lugares semeou a paz e caminhou ao lado dos pobres, dos abandonados, dos doentes, dos descartados, dos últimos” (Encíclica Fratelli tutti, 2). Um trabalho, acrescentou o Pontífice, caracterizado como “um sinal concreto de esperança”, sobretudo em meio “à vida agitada da cidade, onde tantos se encontram sozinhos com a sua pobreza e sofrimento”. É um sinal que “desperta as consciências adormecidas”, enfatizou o Papa, “e nos convida a sair da indiferença, a ter compaixão por quem está ferido, a se curvar com ternura sobre quem está esmagado pelo peso da vida”. Essas são, então, concluiu Francisco, as três palavras que são o estilo de Deus e que deveria ser tão o de vocês: de proximidade, compaixão e ternura.
Por:Andressa Collet /Vatican News
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