Na sua homilia, no passado dia 13, D. Manuel Pelino destacou que “o perdão tem de estar sempre presente porque as ofensas, as palavras e atitudes que magoam, as vaidades e invejas que dividem, o azedume das más disposições, estão enraizados no coração humano”.
“O perdão alicerça a convivência fraterna na comunidade e aproxima-nos de Deus, levando-nos a amar como Ele nos ama. Orienta-nos, assim, para uma existência reconciliada e faz resplandecer mais claramente, na nossa vida e na da Igreja, a misericórdia e a graça de Deus”, sustentou o prelado.
“Somos, verdadeiramente, um povo de pecadores, mas não esquecemos a nossa vocação à santidade, disse o prelado que lembrou o apelo à oração e penitência pela concórdia e pela paz que Nossa Senhora deixou aos Pastorinhos, em Fátima.
A concelebrar nesta eucaristia esteve o bispo de Leiria-Fátima que saudou os peregrinos e renovou o apelo à prática de “fraternidade, reconciliação e a paz” deixado pelo bispo emérito de Santarém.
D. António Marto convidou todos a “usar a medicina da misericórdia, do perdão e da reconciliação”, que permite “desintoxicar os corações e o mundo da carga de agressividade, de rancor, ressentimento e ódio, de desejos e sede de vingança, que terminam normalmente na violência, até na crueldade”.
Um mundo onde não há o perdão, de Deus e o perdão recíproco, uns aos outros, é um mundo perdido”, sublinhou o cardeal português que pediu ainda orações pela reconstrução do Líbano e pelos refugiados do campo de Moria, na ilha grega de Lesbos.
Antecipando a semana que marca o início do ano letivo, o prelado deixou uma mensagem particular aos mais novos para que, neste regresso, cumpram as regras de segurança que lhes forem indicadas, no âmbito da pandemia do novo coronavírus.
O programa evocativo da quinta aparição de Nossa Senhora, em 1917, integrou, pela primeira vez, os peregrinos surdos que fizeram a sua peregrinação nacional.
Domingos Pinto – Lisboa/Vatican News
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