Silêncio e saudade na celebração da Paixão do Senhor no Santuário

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A Celebração da Paixão do Senhor na tarde desta Sexta-feira Santa, foi iniciada com um repleto silêncio na Casa da Mãe Aparecida. A equipe litúrgica adentrou o Santuário completamente vazio, seguindo até o Altar Central, onde o celebrante e concelebrantes prestaram reverência a Cristo, como sinal de humildade e penitência.

A Sexta-feira Santa tem como centro das celebrações a Cruz, símbolo do amor de Jesus por toda a humanidade. A Celebração das 15h, neste 2° dia do Tríduo Pascal foi presidida pelo arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.

Dom Orlando iniciou sua homilia afirmando que depois da segunda guerra mundial, não se passou por circunstâncias tão doloridas e cruéis, e completou motivando os fiéis: “coragem irmãos e irmãs eis a copiosa redenção, a copiosa prova de amor, a copiosa compaixão, a copiosa bondade, a copiosa misericórdia, a copiosa vida, porque Jesus ressuscitou”.

Dom Orlando explicou que ao contemplar o sacrifício de Cristo, cada pessoa deve-se perguntar o que fez, faz ou irá fazer por Jesus. Ainda sugere, que diante do crucificado se questionem sobre o que é preciso morrer em si próprio, para viver como cristãos verdadeiros e rezou: “Jesus crucificado, morra em mim a arrogância, o orgulho, morra em mim a impaciência e a agressividade, morra em mim e em nós, a acomodação, morra em mim as discórdias, morra em todos nós, toda a divisão”, indicou.

O arcebispo falou das chagas do povo brasileiro e recordou a Campanha da Fraternidade deste ano de 2020, a afirmando a importância da compaixão. “Não falte da nossa parte compaixão como a Campanha da Fraternidade nos estimulou a sermos os bons samaritanos de todas essas chagas do povo brasileiro”.

Ressaltou também, as chagas da Igreja como o “afastamento da Igreja Católica de tantas pessoas batizadas, as chagas dos escândalos, as chagas de grupos arrogantes que tudo criticam e tudo controlam, e para os quais nada está bom, as chagas da divisão, as chagas da falta do ecumenismo e da unidade entre nós”, descreveu Dom Orlando.

Como remédio para essas chagas, ele sublinhou que é o crucifixo e o evangelho. “Diante da cruz, como pediu o Papa Francisco, tenha o crucifixo em tuas mãos e na outra mão, o santo evangelho, e você vai ter todo o remédio, toda a luz, toda a inspiração para imitar Jesus, que na sua Paixão, não se desligou do Pai”, destacou.

Procissão

Após a oração da comunhão foi realizada a Procissão do Senhor Morto, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Os missionários redentoristas e as Irmãs Mensageiras Amor Divino participaram do cortejo, assim como todos os devotos que de suas casas, puderam rezar e refletir a entrega de Jesus na cruz. A procissão foi concluída dentro da Basílica.

Dom Orlando diante das imagens, que foram colocada à frente do Altar Central, agradeceu por este momento da procissão do Senhor Morto, lembrando a importância que este rito tem para a religiosidade popular. “Isto toca muito o coração dos brasileiros, na nossa religiosidade popular e eu tenho a certeza, que as famílias que fizeram enterro como nós aqui, que estamos diante de Jesus que vai ser enterrado, foram curadas da sua dor ou ao menos, receberam um alívio, percebendo que o próprio Deus morreu por nós”.

Concluiu pedindo que todos colocassem as mãos em cruz no peito emocionado falou da saudade, referindo-se aos missionários redentoristas. “Eu gostaria que vocês colocassem suas mãos em cruz no seu peito e abraçassem todo o povo brasileiro. Abracem as pessoas que estão com saudades de vocês missionários, do seu perdão no confessionário, do seu sorriso, da sua voz, dos seus olhos. O povo está com saudade”, expressou.

Celebrações no Sábado Santo

Tríduo Pascal será encerrado com a celebração da Vigília Pascal, no sábado (11) às 20hClique aqui para conferir os horários das celebrações de sábado e domingo e acompanhe pela Rede Aparecida de Comunicação e redes sociais do Santuário de Aparecida.(A12)

Foto:Reprodução/Internet

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