Capítulo Geral da Ordem dos Frades Conventuais

Tomarão parte do Capítulo Geral as Ordem dos Conventuais 100 delegados, representantes dos cerca de 4000 frades, 68 países, 608 comunidades, 28 províncias, 20 custódias, 22 delegações e 7 missões.
 

Os Frades Menores Conventuais se reunirão em Assis, na Itália, a partir de hoje, 18 de maio, até 17 de junho próximos, para seu 202º Capítulo Geral Ordinário, que elegerá o novo Ministro geral e o governo, que guiarão a Ordem no próximo sexênio.

A primeira parte dos trabalhos se realizará em Assis, cidade de São Francisco; depois, os trabalhos continuarão e se concluirão em Collevalenza.

Tomarão parte do Capítulo Geral as Ordem dos Conventuais, 100 delegados, representantes dos cerca de 4000 frades, 68 países, 608 comunidades, 28 províncias, 20 custódias, 22 delegações e 7 missões.

Origem da Ordem

A família dos Franciscanos Conventuais é um ramo da Ordem religiosa, fundada por São Francisco, em Assis, em 22 de dezembro de 1209. Seu nome original era Ordem dos Frades Menores, à qual, depois, foi acrescentado o título de Conventuais. Mais tarde, foi feita uma reforma ao carisma deste ramo da Ordem Franciscana, dando origem aos Frades Franciscanos da Imaculada.

O nome Conventual da Ordem surgiu entre 1249 e 1250 para identificar as Comunidades de frades que moravam em conventos, dedicados aos estudos e ao trabalho apostólico em igrejas chamadas conventuais, que valorizavam intensamente a fraternidade desejada por São Francisco de Assis, como característica da sua Ordem religiosa.

Desde o início, a comunidade dos Frades Menores foi considerada uma verdadeira Ordem religiosa, caracterizada, porém, por diversos elementos de grande novidade, em relação ao estilo de vida dos religiosos da época: os monges.

Irmãos itinerantes

Seus membros, provenientes de todas as camadas da sociedade, tornavam-se irmãos, segundo o princípio evangélico da fraternidade. Os irmãos não viviam em mosteiros, mas eram itinerantes, detendo-se, às vezes, em eremitérios por breves períodos.

Estes irmãos eram ligados entre si pela figura arrebatadora do fundador, Francisco de Assis. O espírito franciscano e a unidade entre os frades eram assegurados pela Regra de Vida, escrita por São Francisco, pelo ele da obediência e por um sinal externo: o saio franciscano, de cor cinza.

Duas vezes por ano, os Frades se reuniam em capítulos para falar das coisas de Deus, para tomar decisões acerca de seu estilo de vida e cultivar o elo de unidade e fraternidade.

Dificuldades e transformações

Embora este fosse um estilo de vida fascinante, logo, porém, começaram a aparecer algumas dificuldades: o perigo da ociosidade; frades que perambulavam separados dos demais; a pobreza radical, que colocava os frades em situações de extrema penúria; nenhum asilo para abrigar os irmãos enfermos e idosos.

Por isso, nos últimos anos da vida de São Francisco de Assis (1220-26), a Ordem Franciscana passou por profundas transformações, que o próprio Fundador aprovava e procurava harmonizar com o espírito original da sua comunidade. Assim, começaram a surgir outros elementos, que caracterizam a vida franciscana: os frades itinerantes se tornavam estáveis e moravam em conventos; os iletrados, como Santo Antônio e outros, tornaram-se estudiosos de teologia; o zelo pela pregação do Evangelho levou os frades a transferir seus conventos para as cidades e a se dedicarem ao trabalho pastoral; procuravam meios menos precários de sustento com uma consequente administração mais elaborada.

Com estas transformações, a fraternidade franciscana começou a contar com elementos que a levaram a adotar um estilo de vida conventual, como nova dimensão de unidade e fraternidade.

Com esta tendência, concordavam Francisco de Assis, todos os membros de boa vontade da Ordem e a Igreja Católica Romana.

As fontes franciscanas, historicamente mais próximas a São Francisco, demonstram que ele mesmo favoreceu tais mudanças, embora certas fontes afirmassem o contrário.

Por Manoel Tavares/Vatican News

 

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