Em coletiva de imprensa realizada hoje, 2, durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, discorreu a respeito de um documento que será apresentado a todos os bispos do Brasil e encaminhado à nova presidência para aprovação, intitulado “Orientações pastorais para as mídias de inspiração católica”.
Segundo ele, sua elaboração deveu-se a excessos cometidos por profissionais que atuam em mídias de inspiração católica em relação ao diálogo inter-religioso. Tal assunto vem sendo estudado há anos e as conclusões a que chegaram os estudiosos para sanar tal problema foram publicadas em 2018, porém, dadas a magnitude e recorrência da situação, continuou a ser objeto de estudos até hoje.
Cooperação – A elaboração desse documento contou com a ajuda de muitos colaboradores, em especial de três equipes: a de professores da PUC de Minas Gerais, encabeçada pelo professor Mozair Salomão, a de professores da Universidade Federal do Amapá, coordenada pelo professor Paulo Giraldi, e também de todos os coordenadores regionais da Pastoral da Comunicação Nacional (Pascom) de todo o Brasil, demonstrando o caráter colegiado que norteou tal trabalho.
Segundo dom Darci, a abordagem do assunto partiu do princípio de que seria necessário estabelecer, em primeiro lugar, as condições mínimas para se considerar uma mídia como católica. Em seguida, levou-se em consideração que o material elaborado venha a servir como base de estudo permanente e, por fim, “que sejam instruções pastorais e não normativas”, possibilitando que “a atuação dos meios de comunicação católicos promovam uma cultura de fidelidade à Igreja, a partir das linhas estabelecidas pelo Concílio Vaticano II”.
Destinado a todas as dioceses, congregações religiosas, associações de fiéis que mantêm concessão pública de rádio difusão, profissionais, colaboradores, pesquisadores da área de ciência da religião, agentes de pastoral e todos aqueles vinculados à ambiência digital, o documento tem um objetivo claro: auxiliar na comunicação da verdade e “tornar a comunicação a mais inclusiva possível, fazendo com que as pregações e celebrações reflitam as eclesiologias, ou seja, o modo como produtores [de conteúdo] concebem e vivenciam o ministério da Igreja”, explicou o arcebispo de Diamantina.
Por padre José Ferreira
Fonte: CNBB
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