A Quaresma é marcada por duas omissões litúrgicas bem distintas. Nem o Glória, nem o Aleluia (cantado antes do Evangelho) são permitidos durante os 40 dias antes da Páscoa (com algumas exceções).Mas por quê?
Primeiro: o Glória é um hino que celebra a vinda do Senhor e a Igreja, durante a Quaresma, se volta em espírito a uma época em que o povo de Deus estava no exílio, esperando o Messias vir e salvá-los. É uma época semelhante em expectativa ao Advento, mas em vez de esperar o nascimento de Cristo do ventre de Maria, o povo cristão espera o segundo “nascimento” de Cristo a partir do sepulcro.
Em segundo lugar, seguindo este mesmo espírito de exílio, a Igreja se junta a Moisés e aos israelitas no deserto. É um tempo de agonia e purificação.
Da mesma forma, a palavra “aleluia” está enraizada em uma expressão hebraica que significa “louvai ao Senhor” e, por isso, o Aleluia é omitido durante a Quaresma.
Todo tempo litúrgico tem cantos próprios e é preciso saber escolhê-los bem. Nosso foco na Quaresma não é nos regozijarmos, mas lamentarmos nossos pecados, olhando para as coisas que impedem um relacionamento autêntico com Deus. Através da prática da oração, do jejum e da esmola, seremos capazes de nos regozijarmos novamente na Páscoa, pois não é apenas a ressurreição de Cristo que celebramos, mas o nosso próprio renascimento no espírito. (Aleteia)
Por Philip Kosloski
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