Encontro nesta terça-feira (11/12) em Roma com os organizadores da Jornada Mundial da Juventude. Para Dom José Domingo Ulloa, arcebispo do Panamá, “será uma grande festa da fé”. Centrais serão também os temas de imigração e indígenas.Fervem os preparativos no Panamá, em vista da Jornada Mundial da Juventude, que começará no dia 22 de janeiro próximo. Nesta terça-feira (11/12), em um encontro organizado pela Associação Iscom, no NH Collection Roma Centro, foram apresentadas à imprensa os primeiros números deste grande evento. São esperados mais de 200 mil inscritos dos cinco continentes, 37 mil já completaram os procedimentos oficiais, outros 168 mil estão concluindo, mas muitos jovens – afirmou Giancarlos Candanedo, diretor de comunicação da JMJ – comparecerão sem inscrição. São 155 os países envolvidos até agora. Mais de 37 mil voluntários estão comprometidos na logística, assistência e preparação: muitos vêm do Brasil, da Costa Rica, mas também da França e da Polônia.
O Papa levará esperança para todo o continente
“Será uma grande festa de fé”, reafirmou dom José Domingo Ulloa, Arcebispo do Panamá, que, respondendo às perguntas dos jornalistas, confirmou a centralidade do tema imigração “porque é um tema que não pode deixar de ser caro à Igreja, pelo sofrimento e pela dor que muitas pessoas vivem”, lembrando a caravana de milhares e milhares de migrantes de Honduras, El Salvador e Guatemala em direção dos Estados Unidos. “Esperamos o Papa e a esperança que ele levará para toda a América Central – sublinhou -, e os jovens serão chamados a serem protagonistas da mudança”. Criando uma ligação com o recente Sínodo da Juventude realizado no Vaticano, dom Domingo Ulloa indicou o “sim” incondicional de Maria como o caminho para construir um mundo diferente.
Igreja da América Central: “Igreja de Martírio”
O prelado, salientando que a Igreja Centro-americana é “uma Igreja de Martírio”, mostrou a necessidade dos jovens terem modelos críveis e indicou a força, a beleza, a determinação e o testemunho de muitos Santos entre os quais Oscar Arnulfo Romero, Rosa da Lima, José Sánchez del Rio, João Paulo II. Ele confirmou que o Papa vai encontrar todos os bispos: “será um momento para colher seus sentimentos”. A Igreja local também se esforça para ajudar o mais possível os jovens que não têm recursos econômicos a participar da JMJ. Muitas famílias hospedarão os peregrinos “precisamente porque – acrescentou dom Domingo Ulloa – a chave é compartilhar “.
A JMJ será precedida pelo Encontro Mundial de Jovens Indígenas
Também confirmada a participação de mais de 1.000 indígenas de várias partes do mundo que participarão do Encontro Mundial da Juventude Indígena, que começará três dias antes da JMJ.
Panamá é um pequeno país pronto para uma grande acolhida
A embaixadora do Panamá junto à Santa Sé, Miroslava Rosas, sublinhou o grande esforço organizativo do governo “de um pequeno país pronto para uma grande acolhida”. Grande é “a alegria de receber a visita de pessoas de todo o mundo” e para isso se trabalhando. No final do encontro desta terça-feira, os organizadores presentearam os jornalistas com um pouco da hospitalidade panamenha com canções e danças da tradicionais locais, que não deixaram de envolver os cronistas presentes.
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