No dia 7 de setembro, a Legião de Maria estará comemorando 97 anos de sua fundação, em Dublin, na Irlanda, e 67 anos de presença no Brasil. O Senatus Assumpta do Rio de Janeiro reunirá todos os seus conselhos afiliados numa grande celebração na Catedral Metropolitana de São Sebastião. Às 14h, terá início a recitação do Terço de Nossa Senhora, seguido das orações iniciais da Tessera legionária. Logo após, haverá a Coroação da imagem de Nossa Senhora, pelos legionários juvenis, e, na sequência, missa presidida pelo diretor espiritual do Senatus-RJ, padre Fábio da Silveira Siqueira, e concelebrada pelos demais diretores espirituais da Legião de Maria no Regional Leste 1.
Na ocasião, a missa será oferecida, também, pela alma da última cofundadora da Legião no Brasil, Yolanda Ribeiro, que regressou à Casa do Pai no dia 10 de agosto, aos 95 anos. Celibatária convicta, embora a associação não exija os votos, deixou uma legião de filhos e filhas espirituais, co-herdeiros de seu legado em todo o país. O incansável e fecundo apostolado que desempenhou, com muita coragem, ousadia e intrepidez, fez dela a maior extensionista da Legião de Maria, em terras brasileiras, sendo esta a marca indelével de sua atuação como fiel leiga.
Conhecendo um pouco a Legião de Maria
A Legião de Maria é uma Associação Internacional de Fiéis, fundada em 1921, em Dublin – Irlanda, por um jovem funcionário público, o Servo de Deus Frank Duff, hoje em processo de beatificação. No Brasil, a associação surgiu ainda em 1950, porém só em 24 de outubro de 1951 obteve o reconhecimento oficial do então Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara.
Frank Duff se inspirou na estrutura organizacional do exército da antiga Legião Romana, para sugerir o nome Legio Mariae; de consequência, ressignificou símbolos do exército romano e adotou a sua nomenclatura, quase toda ela em latim. Catena Legionis, vexillum, tessera, praesidium, curia, regia, comitium, concilium etc. são termos que expressam a identidade e a unidade entre os membros, como também sua comunhão com a Igreja de Roma, ao conservar certa familiaridade com a língua oficial da Igreja Católica.
Sua terminologia ajuda na particularização e distinção do que é próprio e exclusivo, ou antes, privativo da Legião de Maria; também garante ao legionário que, onde ele estiver, poderá participar das atividades e reuniões legionárias, sem prejuízo de compreender o que seja essencial. Em qualquer lugar do mundo, onde ouvir dizer “Catena Legionis”, “tessera”, “Acies” ou ainda “Praesidium”, o legionário, imediatamente, sabe do que se está falando e como deve proceder. Assim, para os legionários, toda a nomenclatura torna-se uma senha, que os distingue, identifica e, por isso mesmo, unifica-os onde quer que estejam.
Chama-se praesidium cada grupo de até 15 membros. Cada praesidium recebe sempre o nome de um título de Nossa Senhora, não raro, também em latim, embora isto não seja obrigatório. O primeiro praesidium do Brasil, iniciado em 1950, foi fundado com o nome de Refugium Peccatorum, pelo religioso saletino Ir. João Creff, sendo cofundadoras Yolanda e outras dez jovens. Está ativo até hoje com reuniões semanais que acontecem no Santuário de Fátima da Rua do Riachuelo, desde a sua fundação, há 67 anos.
Segundo define o manual da associação, a Legião de Maria tem como finalidade “a glória de Deus, por meio da santificação dos seus membros, pela oração e cooperação ativa, sob a direção da autoridade eclesiástica, na obra de Maria e da Igreja: o esmagamento da cabeça da serpente e a extensão do reino de Cristo”. A menos que o Conciliumaprove, e consideradas as reservas apontadas no manual oficial, “a Legião de Maria está à disposição do bispo da diocese e do pároco para toda e qualquer forma de serviço social e de ação católica que estas autoridades julguem convenientes aos legionários e útil à Igreja” (“Manual da Legião de Maria”, cap. 1, ed. 1996, p. 11). Por sua atuação no mundo, a associação conquistou o coração do Papa São João XXIII, que assim a definiu: “a Legião de Maria apresenta a verdadeira face da Igreja Católica”.(Arqrio)
Por: Flávia Muniz
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