O vereador Enderson Guinho (PDT), presidiu na noite da última segunda-feira, 3, uma sessão especial na Câmara de Vereadores de Itabuna tendo como tema: “Grito dos Excluídos”, no Plenário Raimundo Lima. A sessão teve início às 19h e contou com a participação de muitos católicos da Faronia Centro da Diocese de Itabuna, que é composta de 14 paróquias.
Também estiveram presentes o Bispo Dom Carlos Alberto dos Santos, o coordenador Diocesano da pastoral o Pe. Acácio Alves , o Srº Dr. Davi Pedreira, além de outras autoridades eclesiásticas.
O objetivo da solenidade foi debater os problemas sociais que afetam o país, visando à conjuntura atual como forma de reflexão.
Na oportunidade, Enderson Guinho contou como surgiu a iniciativa de criar uma sessão com este tema “Eu fui procurado pela Diocese de Itabuna, especificamente, pela Forania Centro, pelo padre Gilvan e o padre Acácio, onde eles vieram com a proposta de esse ano não ser apenas a caminhada no Desfile Cívico de 7 de setembro, mas que também viéssemos para a “casa do povo”, a casa de leis, debater um pouco este tema- O Grito dos Excluídos, vida em primeiro lugar. Desigualdade gera violência: basta de privilégios- que é de grande importância para a população itabunense e para a população brasileira, onde vamos discutir algo que tem afetado todos os cidadãos que é sobre a violência no nosso país. E essa violência não está só na questão física, de uma pessoa para com outra, mas sim, também na violência no trânsito, a violência com a mulher, a violência como a corrupção, que também é uma violência que mata,e que a gente precisa estar combatendo”.
Durante a sessão, Luiz Camboim questionou o Davi Pedreira sobre o que se tratava o Grito dos Excluídos, e ele falou sobre essamanifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.
Vale ressaltar que o convite para a sessão foi destinada à todos os gabinetes, pelo próprio bispo diocesano, mas nem todos os vereadores participaram. Dom Carlos, aproveitou para agradecer àqueles que se fizeram presente para a discussão do assunto tão relevante.
Nesse sentido, Padre Tony falou: “O vereador, o prefeito, o presidente, o secretário… merece a voz do povo. Todos precisam fazer a experiência com Jesus. Todos eles precisam entender o Evangelho, por isso, a Igreja precisa cobrar! As ovelhas precisam se colocar no seu lugar como vozes do povo, se não esse sistema não vai andar”.
Fotos: Valdeni Elias
Edição de texto: Anara Passos (Jornalista DRT 7574)
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