Kátia Scoz é brasileira e há dez anos vive nos Estados Unidos; com a distância e a saudade da família, encontrou em Nossa Senhora o conforto do seu coração e a graça de se tornar mãe.
Nascida em Lages (SC), no seio de uma família católica, Kátia contou que sempre testemunhou seus pais “muito ativos e engajados em muitas atividades” da Igreja, além de ajudar em asilos e orfanatos. “Com meus pais, aprendi que nós somos os pés e as mãos de Cristo, que nós somos a Igreja, que a missão que nos é dada no nosso Batismo é de servir a Deus e ao Seu povo aqui na Terra”.
Entretanto, a sua relação com a Mãe de Deus começou a se desenvolver de maneira mais íntima há dez anos, quando ela e o marido, Valmor Scoz, natural de Florianópolis (SC), se mudaram para a Flórida, Estados Unidos, devido a uma transferência de trabalho.
“Penso que a devoção nasceu de uma grande necessidade. Estando longe da minha família, vários receios começaram a invadir minha alma. Medos relacionados à minha família e a distância que eu estava dos meus entes queridos”.
Diante dessa situação, recordou, “pedia a intercessão de Nossa Senhora Aparecida para proteger minha família. Senti que aos poucos a saudade diminuía e minha fé aumentava. Assim, comecei a confiar na proteção e na intercessão de Nossa Senhora em todos os aspectos da minha vida”.
Foi em sua primeira viagem novamente ao Brasil que ela comprou a primeira imagem de Nossa Senhora Aparecida e colocou em um lugar de destaque em casa, ao retornar para os Estados Unidos. “Hoje, esta imagem foi substituída por uma réplica oficial de Nossa Senhora Aparecida”, indicou, ressaltando ainda que “cada quarto da casa conta com pelo menos uma imagem da Mãe Aparecida”.
Além disso, ao entregar a sua família nas mãos de Nossa Senhora, Kátia alcançou outra graça. Após sofrer três abortos, pediu a intercessão da Virgem Maria “para que, se fosse a vontade de Deus, que pudesse ter filhos”.
“Aqui nos Estados Unidos – lembrou – fiz exames e descobri que sofro de trombofilia. Logo que engravidei, apenas com seis semanas de gravidez, fui submetida a injeções diárias que me permitiram levar a gravidez até o fim. Assim, nasceu Enzo, hoje com 6 anos, e dois anos depois nasceu Giovanna, hoje com 4 aninhos”.
Agora, esta devoção da mãe é passada também aos filhos. “Aqui em casa, pedimos a intercessão da Nossa Senhora nas nossas orações diárias que fazemos com as crianças antes de dormir”, contou.
“Enzo tem uma devoção especial por Nossa Senhora Aparecida. Lembro-me dele com uns dois ou três aninhos fazendo procissões e cantando pela casa com a imagem dela, teve tempos que dormia segurando a imagem”.
Já na comunidade, Kátia disse que sua família foi “abençoada” por encontrar nos Estados Unidos “uma Igreja Católica com missas todos os sábados em português”, a Igreja de Saint Paul, na qual seu esposo é sacristão, leitor e ministro da Eucaristia, e ela ajuda na tradução semanal do boletim, coordena um ministério dos Cenáculos da Divina Misericórdia e também serve como ministra da Eucaristia.
Nesta Igreja, relatou, “Nossa Senhora Aparecida é homenageada em todas as Missas. Ela entra na procissão inicial e é colocada em lugar de destaque em frente ao altar. No final de toda a Missa, ao som da música ‘dai-nos a benção, ó Mãe querida, Nossa Senhora, Aparecida’, uma família é chamada para levá-la para casa e fica com a imagem por uma semana, devolvendo-a na frente do altar na procissão da próxima Missa”.
Para esta devota mariana, estes “são atos de amor pela Nossa Mãe Aparecida que faz com que os pequenos criem um elo de fé com Ela e com a cultura do nosso Brasil”.
Além disso, diante de sua história com a Virgem Maria, Kátia incentiva todos a não terem “limitações em se entregar a Jesus através das mãos Maria”. “Pensando assim, fiz a minha primeira Consagração a Jesus através de Maria há cinco anos, compromisso que renovo a cada ano”.
Ela recordou que “Maria tem muitas faces, para cada povo Ela se revela de um modo diferente” e, “para nós brasileiros, Nossa Senhora se revelou quebrada, resgatada em um rio”.
“Os pescadores, por inspiração Divina, perceberam que não era uma estátua qualquer, colocaram os dois pedaços juntos e eles se encaixaram. Nasceu ali a devoção do povo brasileiro pela Mãe de Deus”, pontuou, ao sublinhar ainda que, “em 16 de maio de 1978, Nossa Senhora foi atacada e se quebrou em mais de 200 pedaços e novamente foi resgatada e pela graça de Deus voltou a ser inteira e com total esplendor”.
Para Kátia, “assim acontece com todos nós que nos entregamos nas mãos de Nossa Senhora, não importa quão dilacerados estamos, quantas faltas cometemos, quão afastados da graça de Deus estamos, através do seu cuidado e amor maternal podemos novamente nos tornarmos inteiros, Ela nos transforma e nos leva a Deus”.
“Nossa Senhora é o caminho mais rápido e seguro a Jesus. Nunca tenham medo de amar demais a Mãe de Deus”, concluiu.(ACI Digital)
Kátia Scoz com o marido, Valmor, e os filhos Enzo e Giovanna / Foto: Cortesia Kátia Scoz
Por Natalia Zimbrão
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