No último dia 21 de janeiro, o Papa Francisco reconhece oficialmente como mártir o Padre Engelmar Unzeitig, o “anjo de Dachau”, como era conhecido.
O mártir e agora Beato Engelmar Unzeitig foi assassinado pelos nazistas por ódio à Fé. Ele era sacerdote professo da Congregação do Missionários de Mariannhill.
Em nome do Santo Padre, ele foi beatificado no último sábado durante uma Santa Missa presidida pelo Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, em Würzburg, na Alemanha.
Quem foi o “Anjo de Dachau”
Padre Engelmar Unzeitig, jovem sacerdote de origem tcheca foi preso pelos nazistas em 21 de abril de 1941.
A acusação que sobre ele recaia era de “pregar contra o Terceiro Reich, especialmente contra as medidas tomadas em relação ao povo judeu, como também por incentivar a sua Congregação a permanecer fiel a Deus e a resistir contra as mentiras do regime nazista”.
O sacerdote foi enviado para o Campo de extermínio alemão de Dachau, que era conhecido como “o maior mosteiro do mundo”: nele foram colocados como prisioneiros e ali martirizados cerca de 2.700 clérigos, dos quais 95% eram sacerdotes católicos poloneses, ali martirizados.
Padre Engelmar nasceu em 1911, em Greifendorf, na atual República Tcheca. Ele ingressou no seminário da Sociedade Missionária Mariannhill aos 18 anos. Quando ele foi feito prisioneiro pelos nazistas, em Dacau, tinha completado apenas dois anos de sacerdócio e 30 anos de vida. Seu lema era: “Se ninguém mais for: eu vou!”.
Prisão – Martírio – Apostolado e Serviço
Depois de prisioneiro, Padre Engelmar estudou russo. Seu objetivo era de ajudar os que chegavam para aquele campo de extermínio vindos da Europa Oriental. Seu apostolado era o serviço ao demais e por isso foi considerado um “santo”, dentro do Campo de Dachau, era o “anjo”.
Naquela prisão, os religiosos eram tratados de modo “aleatório” e portanto imprevisível para os prisioneiros.
Por vezes, era-lhes permitido rezar. Porém, em outras ocasiões, por causa da prática de um pequeno ato de piedade, as punições eram severas, desumanas. Por uma dessas práticas feita numa Sexta-feira Santa, os nazistas selecionaram dezenas de sacerdotes e os torturaram.
Caridade com os enfermos
Apesar dos maus tratos e tudo o mais que se sofria naquela prisão, o Padre Engelmar tinha uma saúde que poderia se considerada boa.
Durante uma epidemia de febre tifoide que grassou pelo campo de concentração, ele e mais outros 19 sacerdotes se ofereceram como voluntários para atender aos doentes e moribundos.
Enquanto atendiam os doentes com esmero, corriam seriamente o risco de serem assassinados pois eles davam banho nos doentes, cuidavam e rezavam com eles e lhes administravam a unção dos enfermos. Atos arriscados que poderiam levá-los à morte.
Testemunho e morte
Dentro das duras circunstância em que sobrevivia em Dachau, o Beato Padre Engelmar encontrava tempo, esperança e alegria para praticar a sua fé. As cartas que ele escreveu a sua irmã testemunham testemunham sua atitude de vida católica, corajosa e santa.
Padre Engelmar Unzeitig morreu de febre tifóide junto com outros dois sacerdotes voluntários, em 2 de março de 1945. Algumas semanas depois de sua morte o campo de extermínio de Dachau foi liberado pelos soldados americanos que não puderam libertá-lo em tempo:
Ele já havia sido libertado antes, partira para a Casa do Pai.
Fonte: Gaudium Press
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