Falando em sua língua materna, com a espontaneidade que o caracteriza, o Pontífice falou sobre temas abordados pelos próprios jovens: dos seus sentimentos depois de ser eleito Papa, de como vencer a pobreza e cuidar do meio ambiente, passando por sua opinião sobre os objetivos dos estudos universitários.
As muitas alegrias do Papa
Dentre as perguntas feitas ao Papa destacam-se três, a primeira sobre o seu pontificado: “Qual foi a sua maior alegria depois de ter sido eleito Papa?” à qual o Papa respondeu com a simplicidade típica da sua personalidade: “não é só uma, eu tenho muitas alegrias. Sobretudo fico muito contente quando posso conversar com as pessoas, quando posso saudá-las , de modo especial as crianças, os anciãos e os doentes”.
A segunda foi direcionada aos estudantes universitários: “Qual o principal objetivo dos estudos universitários?”. Compreendendo os anseios e preocupações dos jovens, Francisco respondeu com muita clareza e mansidão, dizendo que não podemos viver a lógica da “meritocracia” de uma sociedade competitiva, correndo o risco de mirar somente na carreira.
A importância da educação e dos estudos para servir
Segundo o Papa, “a educação que não mira servir aos outros é uma educação que caminha em direção à falência. É uma educação que não evolui, que olha para si mesma e isto é perigoso. O lema desta universidade é a educação para os outros, uma universidade para os outros, uma universidade de serviço. E esta é uma grande riqueza.”
E na terceira pergunta, o Papa respondeu dirigindo-se a todos os jovens: “quais são as maiores preocupações e esperanças para os jovens de hoje?”. Como um pastor que tem no coração um grande amor pela juventude, o Papa respondeu que sua maior preocupação é quando o jovem “perde a sua raiz e a sua memória”. Ele afirmou ainda “que um jovem sem raiz não consegue se desenvolver”. E para isso, deixou uma solução infalível: “O caminho mais adequado para encontrar as raízes é encorajar os jovens a dialogar com os idosos.”
Amazônia, meio ambiente e pobreza
Outros temas foram abordados, como a importância da religião, o meio ambiente, ocasião colhida pelo Papa para falar sobre o desmatamento na Amazônia; a pobreza, e a questão do migrante no mundo. No final, respondeu sobre a imagem que tem do Japão, de um “povo com ideais, com uma profunda capacidade religiosa, um povo trabalhador, um povo que sofreu muito”; mas ressaltou também que é um país que enfrenta alguns problemas, como “a excessiva concorrência, a competividade e o consumo”.
Francisco afirmou já ter recebido um convite oficial para visitar o Japão. Demonstrou seu amor por este povo, informou que não saberia quando seria possível realizá-la devido a uma agenda já repleta e contou de sua felicidade por esta iniciativa de diálogo.
Universidade Jesuíta
A universidade Sofia foi fundada pela Companhia de Jesus em 1913. O nome em japonês, Jochi daigaku, literalmente se traduz como Universidade de Grande Sabedoria.
Fonte:VaticanNews
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