Mensagem do Arcebispo sobre os 64 anos de Criação da Diocese de Vitória da Conquista
A Diocese de Vitória da Conquista (BA) foi criada a 27 de julho de 1957, pela Bula “Christus Iesus” do Papa Pio XII, com território inteiramente desmembrado da Diocese de Amargosa (BA). São 64 nos hoje.
Foi canonicamente instalada, praticamente, no dia 15 de agosto de 1958, com a posse de seu primeiro Bispo Dom Jackson Berenguer Prado. Dom Jackson Berenguer Prado (1958-1962), 4 anos. 2º Bispo: Dom Climério Almeida de Andrade (1962-1981), 19 anos. 3º Bispo: Dom Celso José Pinto da Silva (1981-2001), 20 anos. São 43 anos.
“Diocese” é uma palavra que vem do grego – “dia” + “oikos”, que contém a ideia de “casa”. Em latim, “dioecesis” quer dizer distrito de uma província administrativa. Criar uma Diocese significa, então, constituir um território autônomo entregue à direção de um bispo.
“A diocese é a porção do povo de Deus que é confiada ao Bispo para ser apascentada com a cooperação do presbitério, de tal modo que, aderindo ao seu pastor e por este, congregada no Espírito Santo, mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua a Igreja particular, onde verdadeiramente se encontra e atua Igreja de Cristo una, santa, católica e apostólica” (Cânon 369 do CIC).
Quando o Concílio Vaticano II fala da Igreja utiliza várias imagens: diz que Deus reúne em Cristo Jesus uma multidão de fiéis, constitui um rebanho; planta uma lavoura; constrói um edifício espiritual; forma uma família; edifica uma cidade celeste e se unir fielmente a uma esposa” (cf. LG n. 6).
Rezando neste dia em que comemoramos 64 anos, queremos reforçar a consciência que devemos continuar a missão, que somos discípulos missionários, que a Arquidiocese de Vitória da Conquista é uma Igreja em estado permanente de missão, em “saída” como diz Papa Francisco:
“Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! […] Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, n. 49).
A criação de uma nova Diocese acontece, então, para que as populações da região possam ser melhor evangelizadas. Celebrando mais um aniversário, somos enviados em missão. Feliz aniversário Conquista e toda a região!
Aos 16 de janeiro de 2002, pela Bula “Sacrorum Antistites” do Papa João Paulo II, foi criada a Província Eclesiástica de Vitória da Conquista, desmembrada da Província de São Salvador da Bahia, com sede em Vitória da Conquista, integrando as Dioceses de Caetité, Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Lapa e Jequié. A instalação desta Arquidiocese se deu no dia 17 de março de 2002, com a posse do seu primeiro Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha.
Agradecemos a Deus que através do Papa Pio XII realizou esse gesto de carinho com povo de Conquista e da Região. Feliz Aniversário Arquidiocese de Vitória da Conquista!
Lembramos com muito carinho e rezamos pelos pastores que deram a sua vida pelo povo de Conquista:
1º Bispo: Dom Jackson Berenguer Prado (1958-1962)
2º Bispo: Dom Climério Almeida de Andrade (1962-1981)
3º Bispo: Dom Celso José Pinto da Silva (1981-2001)
1º Arcebispo: Dom Geraldo Lyrio Rocha (2002-2007)
2º Arcebispo: Dom Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFM Cap (2008-2019 – Arcebispo Emérito) – 11 anos.
Atual Arcebispo Metropolitano: Dom Josafá Menezes da Silva (2019…).
Estamos dispostos a continuar a missão e as palavras que nos animam:
“Mas Jesus diz que o semeador saiu, mas não diz que tornou; porque é bom que saiam e não é bem que tornem […] Uma vez que iam não tornavam. As rédeas por que se governavam era o ímpeto do espírito; mas este ímpeto tinha impulsionado para os levar, não para trazê-los. Sair para tornar é melhor não sair… E se esse semeador Evangélico, quando saiu, achasse o campo tomado; se se armassem contra ele os espinhos; se se levantassem contra ele as pedras, e se lhe fechassem os caminhos, que havia de fazer? […]
O que faria o semeador, vendo mal logrados os primeiros trabalhos? Deixaria a lavoura? Desistiria da sementeira? Ficaria ocioso no campo? Parece que não. […]Assim o fez o semeador do evangelho. Não desanimou, nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira perda; continuou por diante no semear, e foi com tanta felicidade, que nesta quarta e última parte do trigo se restauraram com vantagem as perdas do demais: nasceu, cresceu, amadureceu, colheu-se, mediu-se, achou-se que por um grão multiplicara cento” (Padre Antônio Vieira).
Vitória da Conquista, 27 de julho de 2021
Dom Josafá Menezes da Silva
Arcebispo Metropolitano.
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