21 de julho: Celebramos hoje a memória litúrgica de SÃO LOURENÇO de BRÍNDISI, religioso da “Ordem dos Frades Menores Capuchinhos”, presbítero, diplomata e escritor, teólogo e “Doutor da Igreja”, aclamado pelo papa São João XXIII como “Doutor Apostólico”…
Do extenso catálogo de Santos e Beatos que adorna a família franciscana capuchinha, Lourenço ocupa um lugar de notável destaque, pois, de todos, é o único “Doutor da Igreja”, pelo ao menos até o momento, tendo em vista que, como dissemos no último dia 10, esperamos que em breve seja declarada Doutora Verônica Giuliani de Città di Castelo (+1727)… Quando o papa João XXIII, por meio da Carta-Apostólica “Celsitudo ex humiltate”, declarou Lourenço como Doutor, se referiu à sua ciência teológica como “apostólica”, quer dizer, como fundante e como esclarecedora da fé… De fato, seus muitos escritos que chegaram até nós, soam como sempre atuais – como são as Sagradas Escrituras – e parecem uma resposta conveniente mesmo a estes nossos tempos, pois além de tratar de temas exegéticos e mariológicos, ele postulou com maestria em favor da liberdade religiosa e em favor da paz, não se tratando de um missionário que impôs a sagrada religião com a força das armas ou o autoristarismo dos reis e imperadores, mas com a verdade, com a inteligência e com a própria vida…
Nosso santo nasceu no dia 22 de julho do ano de 1559, em Bríndisi, na região da Apúlia, na Itália, quando a cidade era abrangida pelo então chamado “Reino de Nápoles”. Ele pertencia à nobre família “Russo” e no batismo recebeu o imponente nome de Júlio César. Seu pai era um comerciante veneziano muito conhecido, chamado Guilherme Russo, e sua mãe foi Elisabetta Masella… Não dispomos de muitas informações a respeito da infância do pequeno Júlio César. Sabemos que ele era ainda bastante criança – tinha apenas oito anos de idade na época –, quando ficou órfão de pai, que foi assassinado numa das muitas incursões dos sarracenos islâmicos a Bríndisi, que, convém explicar, é uma cidade portuária no sul do Mar Adriático, de fácil acesso pelo Mar Mediterrâneo. Sua jovem mãe, agora viúva, recomendou o único filho aos cuidados dos frades menores conventuais – franciscanos –, onde ele foi acolhido no grupo dos chamados “meninos oblatos”… Dotado de grande piedade e sabedoria, o padre do lugar experimentou seu dom de pregação, e fê-lo pregador ainda criança, algo impensável naquele tempo. Ele chegou a pregar inclusive na catedral da cidade, atraindo todos os olhares e atenções para si… No entanto, não demorou muito, sua mãe Elisabetta também faleceu. Sozinho no mundo, Júlio decidiu ir viver com um tio, que era padre e diretor de um colégio, na cidade de Veneza, na região do Vêneto. Ali ele teve a oportunidade de conhecer a vida austera e muito comprometida dos frades capuchinhos do convento de “Santa Maria dos Anjos”, e se encantou por ela. Logo, portanto, ao invés de pretender um bom casamento e os altos cargos que seu nome lhe garantia, Júlio quis se consagrar a Deus vestindo o hábito daqueles religiosos…
Nosso pequeno santo, já muito admirado desde a infância, tinha apenas 14 anos de idade quando manifestou expressamente o desejo de tornar-se capuchinho. Admitido entre os frades, ele vestiu o hábito de São Francisco já no dia 19 de fevereiro de 1575, quando, em honra do diácono e mártir dos primeiros anos da Santa Igreja, passou a chamar-se Lourenço, como também o chamaremos daqui em diante. Apesar de sua saúde frágil, ele venceu o rigoroso período do noviciado, e professou os primeiros votos no ano seguinte – em março de 1576 –, sendo imeditamanete enviado para a “Universidade de Pádua”, a fim de dar início aos seus estudos filosóficos e teológicos… Naquela antiga cidade em que faleceu Santo Antônio (+1231), debruçando-se sobre pilhas de livros e empregando todo o seu tempo aos estudos, às orações e ao cultivo das virtudes, o jovem Lourenço se destacou dos demais estudantes tanto no conhecimento das Sagradas Escrituras quanto no aprendizado de novos idiomas. Este seu dom, ademais, convém dizer, era tão insigne que, quando foi ordenado presbítero pelo patriarca de Veneza, no dia 18 de dezembro de 1582, aos 23 anos de idade, ele já dominava o latim – a língua oficial da Igreja –, o espanhol, o alemão, o francês, o siríaco e o caldeu, assim como as línguas bíblicas: o grego, o hebraico e o aramaico…
Sem perda de tempo, os superiores capuchinhos designaram o jovem padre à pregação, ele, que sabia de cor e salteado diversos livros das Escrituras. De sua parte, frei Lourenço dizia que a pregação era uma “grande missão, mais que humana, angélica, e ainda mais, divina”… Assim, pois, além de dedicar muito de seu tempo às orações, às mortificações, aos jejuns e às penitências, ele passava pelo ao menos três horas preparando cada uma de suas homilias, a fim de que, ao abrir a boca, não fosse ele a dizer, mas o próprio Deus por meio dele… Falando dos artigos da fé, contra as heresias protestantes, contra os islâmicos e sobre a perfeição cristã, Lourenço levava todos os que o ouviam às lágrimas, e ele mesmo muitas vezes chorava enquanto pregava. As igrejas por onde passava eram sempre insuficientemente grandes para conter as multidões que queriam ouvi-lo, tocá-lo e recomendar-se às suas preces…
Desde sua ordenação, Lourenço ocupou todo tipo de cargo de importância na família capuchinha: de 1583 a 1586 foi designado como “leitor” da Ordem; depois foi guardião e mestre de noviços, de 1586 a 1589, ano em que foi designado para pregar a Santa Quaresma na cidade de Cosenza, na região da Calábria, no sul da Itália. Obviamente, pregou em muitas outras cidades, atraindo inclusive a atenção do então papa, Clemente VIII, que o chamou a Roma em 1592. Ali ele atuou por dois anos, especialmente dedicado à conversão dos judeus, aos quais demonstrou com argumentos bíblicos, talmúdicos e rabínicos que Jesus de Nazaré era de fato o Messias há tantos séculos profetizado. Naturalmente, nem todos os judeus se dispuseram a ouvi-lo; muitos dos que o escutaram, porém, se convenceram de seus argumentos e se fizeram batizar na fé cristã…
Frei Lourenço percorreu longas distâncias anunciando o Santo Evangelho, de 1594 a 1597, na condição de provincial de Veneza, e depois, a partir de 1598, como provincial da Suíça. Ele se tornou rapidamente um missionário muito aclamado por seu vasto conhecimento, por sua vida de santidade e por sua intrepidez, não havendo perigo ou ameaça que lhe fizesse frear a língua. Ele não se conteve nem mesmo quando esteve na Áustria, onde, a partir do dia 28 de agosto de 1599, fundou conventos e ofereceu um perigo tão forte à expansão do protestantismo, que os agressivos filhos de Lutero recorreram ao imperador Rodolfo II da Germânia, para que ele expulsasse o religioso do país. Mas o próprio imperador considerava que Lourenço, “sozinho, valia o mesmo que um exército”, sendo por isto mesmo o mais importante escudo contra o avanço dos turcos inimigos de seu império, isto sem empunhar uma espada sequer, mas somente o Evangelho e uma pequena cruz de madeira que trazia sempre consigo… Lourenço costumava dizer: “A Palavra de Deus é luz para a inteligência, fogo para a vontade, para que o homem possa conhecer e amar a Deus; é martelo contra a dura obstinação do coração, nos vícios contra a carne, o mundo e o demônio; é espada que mata todo o pecado”…
Quase tendo sido martirizado na Áustria, onde os protestantes o receberam com insultos e pedradas, aos poucos Lourenço conseguiu realizar ali sua missão: fundou três conventos, um inclusive muito próximo do palácio imperial, e conseguiu trazer de volta à fé um bom número dos que se haviam perdido no protestantismo…
Julgando incompetentes os generais de seu próprio exército, Rodolfo II designou Lourenço como pregador na batalha de outubro de 1601, na Hungria, contra os islâmicos turcos. O santo religioso foi recebido com escárnio por muitos soldados, alguns ateus, outros protestantes. Mas Lourenço pregou de modo tão inflamado sobre a vitória de Cristo sobre seus inimigos, que quando a luta começou, os cristãos, apesar de serem em número muito inferior ao dos soldados turcos – 18 mil contra 60 mil –, conseguiram vencer… Lourenço esteve muitas vezes na linha de frente da guerra, empunhando sua cruz de madeira, abençoando os soldados imperiais e clamando os nomes de Jesus e de Maria. Milagrosamente, nenhuma flecha o atingiu, e nem mesmo quando alguns soldados turcos conseguiram cair sobre ele com suas espadas, ele foi ferido. Quando a batalha terminou e os inimigos do império e da religião foram obrigados a recuar, muitos dos que haviam caçoado de Lourenço abraçaram novamente a fé católica, inclusive alguns dos mais experientes oficiais do imperador…
Quando Lourenço pôde regressar à Itália, o capítulo dos capuchinhos, de maio de 1602, o elegeu como geral da Ordem, função que ele desempenharia por três anos. Nesta condição, com o propósito de visitar cada uma das trinta províncias capuchinhas da época, seu apostolado ignorou as mais longínquas fronteiras: ele percorreu a pé todo o norte da Itália, e sob o sol, sob a neve e sob a chuva, alcançou a Suíça, voltou à Áustria, foi da Alemanha à Holanda, partiu em direção à Espanha e atravessou a França; passou por Paris, Lyon, Marselha e Toulouse; de Roussillon – na França – alcançou a Catalunha e a região de Valência, na Espanha; esteve também no Reino de Aragão, em Portugal, sempre demonstrando incrível capacidade para a administração e para a resolução de problemas internos e externos, agindo sempre com caridade e sensibilidade, mas também com franqueza e ardor, como um autêntico franciscano deve agir… Por fim, Lourenço regressou à Itália, onde, na região de Nápoles, dedicou-se particularmente à pregação sobre as virtudes da Virgem Maria. “A beatitude”, ele registrou em um de seus sermões, “consiste na posse e no gozo de todo bem e, em boa medida, também no comunicar aos outros o mesmo bem. Por isso São Paulo afirma: ‘É melhor dar do que receber’ (cf. At 20,35). Assim, o céu dá à terra, não vice-versa; o sol aos planetas; o pai aos filhos; o rei, as dignidades terrenas aos seus súditos e aos seus ministros; o sumo pontífice aos eclesiásticos; e Deus a todas as criaturas… Maior louvor como ato perfeito merece o dar que o receber: a árvore só dá frutos depois que alcança seu completo crescimento. Mas, se é assim maior a bem-aventurança de quem dá do que daquele que recebe um benefício, então, à Virgem, dado que está repleta de toda beatitude, não poderá certamente faltar-lhe uma de suas prerrogativas principais. Como imaginar uma estrela do firmamento ou um sol que esteja privado de comunicar sua luz? A beatitude da Virgem Santíssima é semelhante à de Deus, que é essencialmente comunicativa. De fato, o bem tende por sua própria natureza a se expandir, propriamente como acontece com a luz”…
Incansável, poucos meses depois de renunciar à dignidade de geral da Ordem Capuchinha – em maio de 1605 –, Lourenço foi novamente enviado à Áustria, onde, na qualidade de embaixador do papa Paulo V, se encontraria com as maiores autoridades políticas da Europa do século XVII, naqueles tempos em que os protestantes, movidos pelo propósito de destruir a Santa Igreja, se embrenhavam em todos os campos diplomáticos, tentando persuadir os reis e os príncipes a lhes apoiarem em sua causa contra o papa e contra a sagrada doutrina, fazendo cercear os direitos dos católicos… Lourenço teve um papel fundamental na promoção da igualdade de direitos, assim como na defesa da fé. Num dos encontros diplomáticos em que participou, por exemplo, ele foi publicamente desafiado por um pregador protestante, especialmente convidado para falar sobre a salvação sem a necessidade das obras. Muito aplaudido por todos, Policarpo Laiser, o então hussita (como eram chamados os protestantes boêmios), pensou ter humilhado Lourenço. Ele, porém, assim que pôde falar, pegou as Sagradas Escrituras, uma versão trilingue, nos idiomas originais – grego, hebraico e aramaico –, e disse: “Quero que todos saibam que tipo de grande homem é este charlatão que teve a ousadia de pregar contra nossa fé católica”. E, lançando os livros ao chão com toda veemência, completou: “Pegue estes livros! Vocês verão que ele sequer saberá lê-los”… Acuado, Laiser não ousou tomar as Sagradas Escrituras, mas um secretário apanhou os livros e levou até ele. “Mais burro do que um peixe”, conforme testemunhou um dos presentes, o “pastor” recuou…
Nesta época Lourenço passou a escrever aquela que veio a se tornar uma de suas mais importantes obras, que ele chamou simplesmente “Apologeticum”, uma resposta adequada a todas as heresias protestantes, incluindo aquelas do “reformador” boêmio Jan Huss (+1415), precursor do heresiarca Lutero (+1546). Como porém, Laiser acabou falecendo antes que pudesse publicar seu livro, Lourenço julgou por bem guardá-lo para uma ocasião futura, pois não quis dar a impressão de estar combatendo com um morto…
Como dissemos no dia 15 de fevereiro, quando celebramos a memória litúrgica do Beato Frederico Bachstein e de seus 13 companheiros mártires de Praga, a situação político-religiosa na Europa Central estava bastante complicada: os hussitas se uniram aos calvinistas e aos luteranos na guerra contra a fé católica, e Rodolfo, imperador do Sacro Império Romano-Germânico acabou sendo destronado por seu irmão Matias de Habsburgo. Naqueles tempos confusos e muito perigosos, Lourenço conseguiu estabelecer a paz entre a Baviera e a Boêmia, quer dizer, entre os interesses do duque Maximiliano de Wittelsbach e as autoridades imperiais, demonstrando grande capacidade diplomática… Ele fundou a ¬Liga Católica, idealizada pelo duque na luta contra o crescimento do protestantismo, que era apoiado na época por Henrique IV, rei da França. Depois, entre os anos de 1610 e 1613, Lourenço residiu em Mônaco, como representante da Santa Sé, impedindo rebeliões e guerras na disputa pelos tronos europeus, sendo um autêntico arauto da paz evangélica…
Em nome da paz, ademais, Lourenço viajou para Munique, na Alemanha, esteve em Madri, na Espanha, onde inclusive fundou um convento capuchinho, voltou à Itália e se encontrou com o papa em Roma. Mesmo doente, ele voltou novamente ao país dos germanos e foi a ponte de reconciliação entre Munique e Praga, hoje capital da República Tcheca… Doente, aliás, ele viajou muitas vezes, e esteve à beira da morte um bom número de ocasiões. Nada o conteve nem o fez diminuir seus sacrifícios pessoais: continuava, como sempre, a cumprir seus longos jejuns, nas quaremas alimentava-se apenas de ervas e rabanete, peixe somente em raras ocasiões; ele dormia sobre uma tábua, em sinal de desapego aos bens materiais e como forma de penitência; era muito austero e, numa das suas inúmeras viagens, tendo sido acolhido por alguns frades que viviam comodamente ao lado de uma capela em ruínas, o santo repreendeu-lhes com estas palavras: “Deus antes, vós depois! Não tendes vergonha de estar todos em um convento aquecido e de mesa bem guarnecida ao lado de uma capela ameaçada de ruína, com a chuva inundando o santuário?”
Considerado “milagreiro” pelas inúmeras curas que obteve de Deus para os mais necessitados, especialmente para os cegos, os mudos e os paralíticos, as Missas que frei Lourenço celebrava eram um verdadeiro “canal de graças”, como todas são, naturalmente; suas palavras cheias de ardor, no entanto, muito diferentemente dos discursos vazios de alguns padres de nossos tempos, impregnavam os corações dos seus fiéis. Suas Missas, aliás, às quais chamava de seu “céu na terra”, eram tão intensas que às vezes demorava por várias horas, duas, três, ou até mesmo incríveis 12 horas, sem que os fiéis demonstrassem cansaço em escutá-lo pregar e sem nenhum interesse de que a celebração terminasse mais cedo; obviamente, eles compreenderam que Deus lhes havia concedido a graça de estar diante de um grande “santo”, que inúmeras vezes entrou em êxtase diante da multidão…
Lourenço de Bríndisi, além de mais de 800 sermões, produziu obras de incalculável valor teológico e exegético, como a “Lutheranismi hypotyposis”, contra os protestantes, e a “Explanatio in Genesim”, obra que mescla seus profundos conhecimentos de filosofia aos da teologia. Além destas, ele também simplificou, traduzindo em palavras mais simples, as complexas obras de São Roberto Belarmino (+1621), ainda vivo naquele tempo, e de São Pedro Canísio (+1597)… Certamente que ainda existem homilias escritas pelo santo perdidas nas estantes das bibliotecas dos diversos conventos pelas quais passou… Que o futuro nos permita conhecê-las!
Lourenço encontrava-se em missão diplomático-religiosa em Lisboa, onde se encontraria com Filipe III, rei da Espanha e de Portugal, quando, no dia 22 de julho de 1619, no exato dia em que completava seus 60 anos de idade, faleceu subitamente. Chorado por todos, seu corpo foi levado para o convento de Villafranca del Bierzo, na Espanha, onde foi sepultado com as devidas honras, sendo venerado naquele lugar até o ano de 1808, quando suas relíquias foram profanadas na “Guerra da Independência Espanhola” (1807-1814)…
A causa de beatificação de frei Lourenço foi iniciada quatro anos depois de seu falecimento, culminando na beatificação, ocorrida em 1783, sob o papa Pio VI, e na sua canonização, ocorrida no dia 08 de dezembro de 1881, solenidade da Imaculada Conceição, sob o Venerável papa Leão XIII… Como dissemos em nossa introdução, em 1959 ele foi declarado Doutor da Igreja pelo papa São João XXIII, que o definiu como “Doutor Apostólico”… Por ocasião da “Audiência Geral” do dia 23 de março de 2011, o papa Bento XVI enalteceu o papel de Lourenço na pacificação dos ânimos da Europa do final do século XVI e princípio do século XVII: “Tanto os sumos pontífices, como os príncipes católicos lhe confiaram reiteradamente importantes missões diplomáticas para resolver controvérsias e favorecer a concórdia entre os Estados europeus, naquela época ameaçados pelo Império Otomano. A autoridade moral, de que gozava, fazia dele um conselheiro procurado e ouvido. Hoje, assim como na época de São Lourenço, o mundo tem muita necessidade de paz, precisa de homens e mulheres pacíficos e pacificadores. Todos aqueles que acreditam em Deus devem ser sempre nascentes e construtores de paz”… Sobre os escritos do santo, disse ainda o pontífice: “Neles Lourenço oferece uma apresentação orgânica da história da salvação, centrada no mistério da Encarnação, a maior manifestação do amor divino pelos homens. Além disso, dado que era um mariólogo de grande valor, autor de uma coletânea de sermões sobre Nossa Senhora, intitulada ‘Mariale’, pôs em evidência o papel singular da Virgem Maria, da qual afirma com clarividência a Imaculada Conceição e a cooperação para a obra da redenção, realizada por Cristo. Com uma requintada sensibilidade teológica, Lourenço salientou inclusive a obra do Espírito Santo na existência do fiel. Ele recorda-nos que, com os seus dons, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade ilumina e contribui para o nosso compromisso a viver jubilosamente a mensagem do Evangelho”…
Neste dia em que celebramos sua santa memória, rogamos a São Lourenço de Bríndisi que nos inflame com o seu mesmo ardor, com sua mesma paixão por Cristo e pela Santa Igreja, Corpo Místico do Senhor, do qual Ele é a cabeça (cf. Ef 1,22-23; Cl 1,18)… A seu exemplo, sejamos intrépidos na defesa dos direitos humanos e da fé!
OREMOS (do Missal Romano): “Ó Deus, que para a vossa glória e a salvação dos homens, destes a São Lourenço de Bríndisi o espírito de conselho e fortaleza, concedei-nos, pelo mesmo espírito, conhecer o que devemos praticar e, por suas preces, realizá-lo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém”.
In Corde Iesu et Mariae, semper!
Por:Fernando Martins.
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