Neste domingo, 28, a Igreja celebrará a Festa da Divina Misericórdia. Reunimos neste texto os principais pontos sobre esta data.
Esta celebração, que ocorre no segundo Domingo da Páscoa, está baseada em revelações privadas feitas por Nosso Senhor Jesus Cristo a Santa Faustina Kowalska, que transmitiu as mensagens sobre a Divina Misericórdia ao povoado da cidade polonesa de Plock no ano de 1931.
Entretanto, a Festa da Divina Misericórdia só foi instituída oficialmente no dia 30 de abril de 2000, durante a cerimônia de canonização de Santa Faustina. Na ocasião, o pontífice declarou que “é importante que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia'”.
O Cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Emérito Bento XVI, assegurou que “frequentemente as revelações privadas provêm da piedade popular e nela se refletem, dando-lhe novo impulso e suscitando formas novas. Isto não exclui que aquelas tenham influência também na própria liturgia, como o demonstram por exemplo a festa do Corpo de Deus e a do Sagrado Coração de Jesus”.
Durante a Festa da Divina Misericórdia é possível obter indulgência plenária. Para isso os fiéis devem viver com piedade intensa esta celebração. São João Paulo II estabeleceu, através de um decreto, que o Domingo da Divina Misericórdia seja enriquecido com a Indulgência Plenária “para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos”
A famosa imagem da Divina Misericórdia foi revelada a Santa Faustina pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, que pediu a ela para que a pintasse, e depois explicou todo o significado por de trás de cada detalhe, além dizer o que os fiéis podem alcançar através dela.
A imagem é um símbolo da caridade, do perdão e do amor de Deus, conhecida como a “Fonte da Misericórdia”. As versões, em sua maioria, mostram Jesus levantando sua mão direita em sinal de bênção e apontando com sua mão esquerda o peito do qual fluem dois raios: um vermelho e outro branco.
“O raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é a vida das almas (…) Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus” (Diário, 299).
Dentre o conjunto de orações usadas como parte da devoção à Divina Misericórdia está o Terço da Divina Misericórdia, que costuma ser rezado às 15h, utilizando as contas do terço comum, mas com um conjunto diferente de orações.
Se inicia rezando o Pai Nosso, a Ave Maria e o Credo. Em seguida, nas contas do ‘Pai Nosso’, recita-se: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro”. Já nas contas da ‘Ave Maria’, se reza: “Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”. Por fim, deve-se rezar três vezes: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro”.
A imagem da Divina Misericórdia representa Jesus após a sua ressurreição, no momento em que aparece aos discípulos no Cenáculo dando-lhes o poder de perdoar ou reter os pecados. Este acontecimento está registrado no Evangelho do segundo Domingo da Páscoa (João 20,19-31).
Esta leitura narra ainda a aparição ao apóstolo São Tomé, na qual Nosso Senhor o convida a tocar em suas chagas. Além disso, segundo o próprio evangelista, este evento ocorreu no oitavo dia após a Ressurreição (João 20,26) e, por isso, é utilizado na liturgia oito dias depois da Páscoa.
Durante suas revelações a Santa Faustina, Nosso Senhor ressalta sua segunda vinda, prometendo retornar em glória para julgar o mundo no amor, como está descrito no Evangelho de São Mateus (Capítulos 13 e 25).
“Fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia” (Diário, 848). (Gaudiumpress)
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