Campanário da Basílica Nova e carrilhão da Basílica Velha vão dobrar pelos vitimados pela pandemia. Celebrações no Santuário vão rezar pela alma dos fiéis.
Por Victor Hugo Barros
Os sinos das Basílicas Nova e Velha de Aparecida (SP) vão dobrar às 15h do sábado (19) em homenagem aos 500 mil mortos pela Covid-19. No mesmo dia, as celebrações no Santuário Nacional serão rezadas em sufrágio da alma das vítimas e pelo consolo de seus familiares.
“É a manifestação pública da nossa esperança, fé e solidariedade pelas pessoas que perderam a sua vida nesta pandemia. Também um sinal de nossa proximidade com suas famílias e todos aqueles que estão na linha de frente”, afirma o reitor do Santuário Nacional, padre Eduardo Catalfo.
A ação acontece em sintonia com igrejas de todo o país, que também devem, juntas, soar os sinos no mesmo dia e horário. A iniciativa foi organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e acolhida por templos católicos de todo o país.
“É um número simbólico, que mexe com a gente. Essas viradas matemáticas, elas mexem muito com a gente, meio milhão de pessoas é muita gente”, lamenta o secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado.
No Santuário Nacional, as cerimônias em memória das mais de mais de 500 mil vidas ceifadas pelo coronavírus seguirão também na segunda-feira (21), novamente às 15h. Na data, os mortos e seus familiares serão recordados durante a tradicional celebração da Consagração e Visita ao Santíssimo Sacramento.
Esta não é a primeira vez que a cerimônia recorda as vítimas da Covid-19. No dia 26 de março, quando o país alcançou a marca de 300 mil mortos, a celebração foi rezada na intenção deles. As preces se renovaram no dia 03 de maio, data em que o Brasil contabilizou 400 mil vitimados pela pandemia.
“Estas pessoas não puderam ter uma despedida de seus familiares, uma celebração no momento de seu enterro. Então é uma forma de estarmos próximos deles e de suas famílias, pedindo ao Senhor que abra para eles as portas do Paraíso e nos livre desta pandemia”, explica o missionário redentorista, padre José Ulysses da Silva.
Há mais de um ano, celebrações no Santuário recordam os brasileiros que perderam suas vidas. “Todas as segundas-feiras, na missa das 18h, também rezamos, de maneira especial, em sufrágio dos fiéis defuntos, vítimas da pandemia”, destaca o reitor.
Também como forma de homenagem, os sinos do Santuário Nacional já soaram outras duas vezes. A primeira, no dia 15 de agosto de 2020, em homenagem às mais de 106,5 mil pessoas que morreram vítimas da Covid-19 no Brasil. A segunda no último dia 11 de abril, data em que a liturgia católica celebrou o Domingo da Misericórdia.
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